Dança em Rede

Cia. 2 do Balé da Cidade de São Paulo

  • Categoria: Grupos de dança
  • País de origem: Brasil
  • UF de origem: SP
  • Cidade de origem: São Paulo
  • Ano de criação: 1999

Histórico

Mesmo sem contar com oficialização, a Cia. 2 do Balé da Cidade de São Paulo foi criado em 1999, por Ivonice Satie (1951-2008), que retornava então à direção artística do Balé da Cidade de São Paulo (BCSP). A intenção era desdobrar o trabalho do conjunto em dois, fazendo com que a Companhia 2 agrupasse os bailarinos veteranos e mais experientes daquele coletivo em propostas ousadas, reginadas ou experimentais, conforme descrito por Satie no texto do programa de estreia do grupo, realizada em dezembro de 1999. O grupo inicial era formado por Beth Risoléu, Lilia Shaw, Lumena Macedo, Suzana Mafra, Laudnei Delgado, Armando Aurich, Maurício Martins, Mônica Mion e Paulo Goulart Filho. Tempos mais tarde, foram integrados ainda Áurea Ferreira, Raymundo Costa, Maurício Ribeiro, Cláudia Palma, Andréa Maia e Mara Mesquista. Em 2001, Mônica Mion assume a diretoria artística do BCSP. No currículo, ela tinha 32 anos de companhia e, no ano anterior, havia integrado a Companhia 2. Sua ideia era repensar esse conjunto e estabelecer metas claras para ele, que julgava não haver até então. No fim de 2003, o elenco muda. Permanecem Andréa, Armando, Cláudia, Lilia, Mara, Maurício e Raymundo e entram Osmar Zampieri e Aguinaldo Bueno, egressos da Companhia 1. O norte do grupo deixa de ser a idade elevada de seus bailarinos, mas as possibilidades da troca de experiências entre eles. Nos anos seguintes, projetos como "Solo em Questão" (2004), "Um Diálogo Possível?" (2005) e "Ação Criativa" (2006) discutem a transição dos integrantes da Companhia 2 do papel de bailarinos para o de criadores, estabelecendo outras relações com a dança que não apenas a de intérprete. Em 2007, Osmar, Aguinaldo e Lilia desligam-se do grupo. Os cinco bailarinos que permanecem na Companhia 2 continuam em busca de um conceito para ela até que, em 2009, suas atividades são encerradas após o corte de quase um terço da verba do BCSP para aquele ano. Ao longo desses 10 anos de atuação, a Cia. 2 realizou mais de 300 apresentações em cidades como São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, entre outras, tendo recebido três prêmios da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) com os projetos "Solo em Questão" (2004), "Todos os 12" (2005) e melhor instalação coreográfica por "206" (2004). "

Trabalhos

1,2,3,4, com obras de Luis Arrieta, Jorge Garcia, Henrique Rodovalho, Anselmo Zolla e Olaf Smith (1999)

Codornas em Pétadas de Rosa”, de Lilia Shaw e Armando Aurich (2000)

“No Porão”, de Luis Arrieta (2000)

“Como se não Coubesse no Peito”, de Denise Namura e Michael Bugdahn (2002)

“Deserto dos Anjos”, de Cláudia Palma (2002)

“Substância Básica”, de Armando Aurich (2002)

“Um Passo Acima”, de Raymundo Costa (2002)

“Swansong”, de Raymundo Costa (2002)

“Êdipo Rei”, de Mara Borba (2003)

“Lei do Nada”, de Gabriel Castilho (2004)

“Resenhas do Improviso”, de Luiz Fernando Bongiovanni (2004)

“Solo em Questão” (2004), com oito solos:
– “Ações”, de Marcio Aurélio
– “Do Lado de Lá”, de Luiz Fernando Bongiovanni
– “Um Campo em Branco e Preto”, de Armando Aurich
– “206”, de Marta Soares
– “Cortejo”, de Dudude Hermman
– “Um Homem de Pé por Curiosidade”, de Osmar Zampieri
– “Um Outro Corpo”, de Mariana Muniz
– “Ponto Final da Última Cena”, de Sandro Borelli

“Fragmentos Mozartinianos”, de Fábio Mazzoni (2006)

“Como Ê que Faz pra Sair da Ilha?”, de Key Sawao e Ricardo Iazzetta (2007)

“Meta-Sensoriais”, de Maria Muniz (2007)”

Bibliografia

TEIXEIRA, Ana Cristina Echevenguá. Companhias Oficiais Brasileiras e seus Desdobramentos: O Caso das Companhias 2 na Mídia. 2008. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

Links

(Por Amanda Queirós | Pesquisa SPCD)

Verbete editado por:

Atualizado (MAIO 2020)
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