Dança em Rede

Neyde Rossi

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Brasil
  • UF de origem: SP
  • Cidade de origem: São Paulo
  • Atividade: Maître de Ballet
  • Atividade: Professora

Histórico

Neyde Rossi começou seus estudos de balé com pouco mais de seis anos, em São Paulo. Tempos depois, ingressou no curso particular de Maria Olenewa, no qual recebeu ensinamentos da mestra por seis anos. Com apenas 14 anos, prestou audição para o Balé do IV Centenário, em 1953, e foi aceita. Dentro dali, ela passou por uma rápida evolução. Passou de estagiária a bailarina do Corpo de Baile e segunda solista até que, na estreia da companhia no Rio de Janeiro, no fim de 1954, já estava na posição de primeira-solista.

Com o desmantelamento do Balé em meados de 1955, Neyde se juntou a outros colegas egressos daí e, sob a tutela de Ismael Guiser, viveu os seis meses de duração do Ballet do Museu de Arte de São Paulo.

Durante 1956, dançou com o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio, mas, em 1957, retornou para ingressar em outra tentativa de implantação de um corpo estável em dança em São Paulo: o Ballet do Teatro Cultura Artística. Nele, estrelou balés como “Cinderela” (1957), de Susanna Faini, no qual dançou o papel-título ao lado de Raul Severo.

Mais uma vez a iniciativa não vingou e, em 1958, Neyde já dançava com outro grupo fundado por Guiser, o Ballet Independente Amigos da Dança, que estreou programa em outubro desse ano com Pas de Quatre", de Anton Dolin, com música de Pugni, remontado por Tatiana Leskova e com figurinos de Alice Brugnaro segundo litografia de Chalon

Bibliografia

"Prelúdios", de Vaslav Veltchek, com música de Mignone

Videografia

"Passatempo”, de Ismael Guiser, com música de Gershwin

Links

e "Finale", de Ismael Guiser com música de Glazunov e cenários e figurinos de Darcy Penteado.

As atuações em grupos em busca de profissionalização corriam em paralelo com uma intensa agenda de apresentações na TV, onde ela se apresentava em programas como o “Folias Philips”, do canal 3, com direção e produção de Abelardo de Figueiredo (o criador do Ballet do Museu de Arte de São Paulo) .

Em 1959, foi selecionada com outras colegas da TV para se apresentar ao lado de Marlene Dietrich nos shows que ela faria em São Paulo no Teatro Record. O desempenho das garotas foi tão bom que ela acabou acompanhando a diva nos shows em Buenos Aires.

Em 1962, foi a vez de ela embarcar no Ballet Experimental. Abraçado pelo Teatro Brasileiro de Comédia, então sob a direção de Maurice Vaneau, o grupo tinha Anton Garces como coreógrafo.

Durante o início dos anos 1960, Neyde abriu uma escola ao lado de Marika Gidali na esquina das avenidas São João com Duque de Caxias. A partir dos anos 1970, passou a se concentrar no ofício de professora, tendo atuado como maître convidada do Balé da Cidade de São Paulo, Cisne Negro Cia. de Dança, Cia. de Dança Deborah Colker e Netherlands Dans Theater 2.

Também fez as vezes de coreógrafa, preparando peças para escolas e grupos, como a Ady Addor Cia. de Dança, no início dos anos 1990. Deu aula em várias escolas, entre as quais se destaca a de Kitty Bodenheim, e é frequentemente convidada a ministrar cursos e atuar como júri em festivais como o de Joinville.

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