Dança em Rede

Bethania Gomes

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Brasil
  • Cidade de origem: Rio de Janeiro
  • Atividade: Professora
  • Data de nascimento: 26/12/2023

Histórico

Bethania Gomes, perfil no site da companhia. Foto: Divulgação.
Bethania Gomes, perfil no site da companhia. Foto: Divulgação.
Bethania Gomes, Firebird (1982), Dance Theatre of Harlem. Foto: Eduardo Patino | Divulgação.
Bethania Gomes, Firebird (1982), Dance Theatre of Harlem. Foto: Eduardo Patino | Divulgação.
Bethania Gomes e James Washington, First Theme, The Four Temperaments (1946), Dance Theatre of Harlem, 2000. Foto: Ellen Crane | Divulgação.
Bethania Gomes e James Washington, First Theme, The Four Temperaments (1946), Dance Theatre of Harlem, 2000. Foto: Ellen Crane | Divulgação.

Biografia

Bethania Gomes começou a fazer ballet aos 9 anos de idade por indicação do ortopedista. Ela não gostava das aulas, se sentia deslocada por ser a única menina negra da turma. As coisas mudaram quando a sua mãe, Beatriz Nascimento ‒ uma das principais intelectuais negras brasileiras, que dá nome hoje à Biblioteca do Arquivo Nacional ‒ trouxe livros e revistas com fotos de bailarinas negras, várias delas do Dance Theatre of Harlem. Ela descobriu onde queria dançar.

Aos 13 anos, ingressou na escola do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e foi aluna de Consuelo Rios. Nesse mesmo ano, o Dance Theatre of Harlem veio ao Brasil e uma de suas professoras a levou para assistir a uma masterclass da companhia. Assim, conheceu Arthur Mitchell, bailarino, coreógrafo e fundador do Harlem.

Em 1988, ela entrou para o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mas saiu no ano seguinte devido ao racismo que sofreu. Em 1990, foi a Nova York em busca da companhia que almejava. Fez um teste, passou e ingressou no Dance Theatre of Harlem School. Dois anos depois, entrou como aprendiz na companhia. Em 2001, tornou-se solista e no ano seguinte foi promovida a primeira-bailarina do Dance Theatre of Harlem. Bethania foi a primeira bailarina brasileira negra a alcançar o posto mais alto de uma companhia internacional.

Em sua primeira viagem com o Harlem, foi à África do Sul e dançou para Nelson Mandela. Viajou profissionalmente a 26 países.

Em 2007, ela ficou grávida e voltou ao Brasil. Nesse período, deu aulas no projeto Dançando Para Não Dançar, onde descobriu Ingrid Silva, hoje primeira-bailarina do Dance Theatre of Harlem; anos depois, voltou aos Estados Unidos, agora como professora e técnica dos bailarinos e bailarinas da companhia. Além disso, também trabalha como coreógrafa e coach.

Principais trabalhos

Dançou os papéis principais das obras Romeu e Julieta (1976), de Gabriella Taub-Darvash; Firebird (1982), de John Taras (1919-2004); O corsário (1974), de Karel Shook (1920-1985); Return (2000), de Robert Garland; South African Suite (1999) e The Greatest (1977), de Arthur Mitchell (1934-2018); Signs and Wonders (1995), de Alonzo King; Adagietto No. 5 (1977), de Royston Maldoom; The Four Temperaments (1946), de George Balanchine (1904-1983); e Concerto in F (1981), de Billy Wilson (1935-1994).

Dançou para o Prince e The New Power Generation em uma temporada, em 1997. Também participou como artista convidada do Complexions Contemporary Ballet e coreografou para a campanha Nike Black History Month.

Bibliografia

(Cássia Pires | Pesquisa SPCD)

Verbete editado por:

Atualizado (DEZEMBRO 2020)
X