Histórico
Ana Esmeralda nasceu em Sevilha, Espanha, filha de pai granadino e mãe sevilhana. Começou a dançar aos 13 anos e em pouco tempo inicia sua carreira profissional em Madrid.
A convite do produtor Marquês de Montemar, participa do elenco do ballet “Rapsódia Espanhola”, junto com Carmen Sevilla e Paquita Rico e se apresenta em turnê pela Europa.
Encorajada pelo produtor, Ana Esmeralda passa a se dedicar ao estudo do ballet clássico, clássico espanhol, “escuela bolera” com Luisa Pericet e flamenco com La Kika, El Estampio e Enrique “El Cojo”. Em seguida se apresenta como solista na Holanda, Bélgica, Noruega, Suíça, França, Escócia e Inglaterra. Durante a apresentação no BBC de Londres e no Savoy Theater, recebe o convite para estrelar no filme “El Amor Brujo”, em Madrid.
Já internacionalmente consagrada, após a rodagem do filme, Ana prepara um espetáculo de ballet baseado no filme. Com a participação da bailarina Pastora Império e coreografia de Luisa Pericet, o êxito lhe rendeu contrato para se apresentar em Istambul e Ankara, na Turquia.
Após ter estrelado vários filmes, entre eles “Maria Dolores” e “Bronce y Luna”, Ana Esmeralda representa a Espanha nos festivais de Cannes e Veneza. Participa também da co-produção ítalo-espanhola, “Carmem Proibita”, que obtem sucesso internacional, exibida também com título “Por siempre Carmem”, na Espanha e “O ladrão de Esmeraldas”, no Brasil.
Em 1954 vem ao Brasil para representar a Espanha no Festival de Cinema de Porto Alegre, conhece o cineasta Mario Audrá, com quem se casará. No Brasil, protagoniza os filmes: “Quem Matou Anabela”, com Carlos Zara e Eva Wilma e “São Paulo S/A“, de Luis Person, com Valmor Chagas.
Ana Esmeralda torna-se a pioneira no ensino de dança flamenca no Brasil, fixando-se em São Paulo. Em 1985 Ana Esmeralda produz um espetáculo flamenco com bailarinos espanhóis como Faíco, Jorge Luis e Conchita Espana, o cantor Tony Maia e o guitarrista Juan Gimenez, com o intuito de fortalecer o intercâmbio com a cultura espanhola.
Em 1986 funda o Ballet Ana Esmeralda, do qual participaram muitos bailarinos de flamenco atuantes no Brasil hoje.
Trabalhos
Cinema
La cesta” (1965), de Rafael J. Salvia
“São Paulo S/A” (1965), de Luís Sérgio Person
“Don José, Pepe y Pepito” (1961), de Clemente Pamplona
“El vagabundo y la estrella” (1960), de Mateo Cano e José Luis Merino
“College Boarding House” (1959), de Rafael Gil
“Two Men in Town” (1959), de Eusebio Fernández Ardavín e Arne Mattsson
“Quem Matou Anabela?” (1956), de Dezso Ákos Hamza
“Siempre Carmen” (1954), Giuseppe Maria Scotese
“María Dolores” (1953), de José María Elorrieta
“Bronce y luna” (1953), de Javier Setó
“Lola, the Coalgirl” (1952), de Luis Lucia
“El amor brujo” (1949), de Antonio Román
“La casa de las sonrisas” (1948), de Alejandro Ulloa
Dança
“Rapsodia Española” (1942), Marquês de Montemar
Funda o Ballet Ana Esmeralda, 1986
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