Histórico
Desde 2005 Sônia Lopes Soares desenvolve com a Cia Viga, um trabalho de pesquisa e criação onde o maior interesse está no homem/performer e a maneira que ele percebe e se relaciona com o mundo. O corpo como um reservatório de emoções, memórias, medos e desejos.
A forte influência dos conceitos sociais de masculino/feminino sobre o modo como construímos/moldamos nosso corpo, a incerteza do instante, o súbito encolhimento dos espaços e a necessidade de aceitação e adaptação são temas abordados em seu trabalho. A coreografia acontece como um jogo entre uma estrutura definida de movimento e a improvisação, resultando em um corpo distendido em ações repletas de significados.
Em cena Soares explora as inúmeras possibilidades do homem/corpo com o espaço e objetos, criando relações ambivalentes de prazer e incômodo. Um corpo fragmentado, sem certezas à procura de adequação, que precisa de outras formas para poder existir, que precisa dos objetos e se confunde com eles. Diante de expectativas inalcançáveis de romper padrões se depara com certa androginia à procura de uma liberdade que é sempre ilusória.