A Cia Etra de Dança Contemporânea surgiu em 2001 das inquietações, da busca pela diversidade, de uma proposta estética unida à ideia de pesquisar movimento, do então coreógrafo Edvan Monteiro e da bailarina Ariadne Filipe, ambos recém-saídos do Colégio de Dança do Ceará. O palíndromo Etra mostra a busca por debater as questões artísticas, como o construir para desconstruir.
A companhia recebeu o convite de um grupo de dança da UNESP de Araraquara/SP (Universidade Estadual Paulista) para realizarem experiências e trocas de informação sobre movimento. Quando a Cia se sentiu pronta, retornou para Fortaleza, cidade natal de Edvan, e apresentou o primeiro trabalho
Espaço Vazio, resultado do período em que estiveram em São Paulo.
Outro trabalho marcante é o espetáculo
Entre salas, que teve 250 apresentações pelos estados do Ceará, São Paulo, Santa Catarina (na cidade de Joinville), Pernambuco, Rio Grande do Norte, além da França e Cabo Verde, na África.
Em 2009, após ser agraciada pelo prêmio Klauss Viana/Funarte, para montagem de espetáculo, a compamhia partiu para Santos/SP. Consta na trajetória do grupo um total de 21 espetáculos de dança, 14 performances, 26 participações em Mostras, Festivais e Bienais Internacionais de Dança e 9 residências, sendo a mais atual com a Cia belga C de La B, de Alain Platel, em 2011.
Em 2010 a Cia Etra começou a realizar o projeto “Ponto a Ponto” que foi inicialmente idealizado e realizado a convite do Sesc Santos para o Dia do Desafio. Nesse primeiro momento, as intervenções eram realizadas todas em um mesmo dia, na cidade de Santos, totalizando 8 horas de trabalho. Paralelamente a outros projetos, a Cia manteve a pesquisa em relação aos movimentos de espera e intervenções urbanas. Em 2012 “Ponto a Ponto” mais uma vez foi convidado pelo Sesc Santos para fazer parte da programação do Dia do Desafio. A pesquisa continua viva e mantem-se como parte do repertório do grupo.
Em 2012, a Etra participou da convocatória Ocupação #32, do Sesc Santos, para um período de ensaios, ações investigativas, palestras e cursos. A primeira etapa desse projeto, intitulado
Balões Vermelhos, foi apresentado em outubro de 2012. O trabalho tem participações de Valéria Cano Bravi, Luciana Bortolleto e Ismael Ivo.
Em fevereiro de 2013, a Cia Etra participou do projeto ¼ de hora, do Sesc Santos, e teve a oportunidade de experimentar um processo de adaptação de Balões Vermelhos para intervenções de 15 minutos em espaços alternativos do Sesc. O processo foi enriquecedor e agregou novas possibilidades para o trabalho", afirmou o grupo, que participou da 8ª Bienal Sesc de Dança 2013 e recebeu
citação da crítica de dança Helena Katz.
Após a estreia, a Cia seguiu suas pesquisas, agora a convite do Laboratório de Sensibilidades da UNIFESP, onde promovem aulas destinadas aos alunos da Universidade.
Recentemente a Cia promoveu na cidade de Santos o Dia Internacional da Dança, mobilizando artistas locais com aulas, intervenções, apresentações, jam sessions e a mais importante conquista atual que é o lançamento do Fórum de Dança de Santos que já segue com encontros frequentes e propostas de ações na cidade.
Ao longo dos seus 11 anos de existência, a Etra vem realizando pesquisas, tentando se atualizar e crescer, aprendendo outras linguagens artísticas, sempre acompanhando os pensamentos e discussões que acercam sua realidade."""