Dança em Rede

GRUPO CORPO MOLDE

  • Categoria: Companhias Profissionais
  • País de origem: Brasil
  • UF de origem: SP
  • Cidade de origem: São Paulo (Brasil)

Histórico

O Grupo Corpo Molde, nasceu em 2013, dentro do território do Campo Limpo localizado na Zona Sul de São Paulo, através do bailarino Renan Marangoni. O grupo possui em sua essência a iniciação de jovens artistas na linguagem artística da dança, pelo qual os intérpretes-criadores, passam por diversas aulas em seu processo de formação, atualmente os professores que compõem o núcleo formativo do grupo Corpo Molde, são voluntários atendendo as necessidades corporais e culturais para ampliação de vocabulário artístico dos intérpretes do grupo, dentre aulas e formadores estão: André Santana (Ballet Clássico e Danças Tradicionais/Clássicas Brasileiras), Cristiane Yonezaki (Facilitadora e Planejamento de Carreira), Fernando Cartago (Técnicas de Teatro Físico), Laiane Dias (Danças Urbanas), Rafael Rodrigues (Dança Africana) e Rodrigo Cândido (Dança Contemporânea e Técnica Ideokinesis). No ano de 2015 o grupo foi contemplado pelo Edital VAI-I com o projeto “Expansão Corpo Molde” e no ano de 2016, foi contemplado pelo edital VAI-II, pelo projeto “Ausência”. E em 2021 o grupo foi contemplado em parceria com a Pin Rolê Invenções com o Projeto “Bambaquerê”, via PROAC- Expresso Lab através da Lei Aldir Blanc, junto ao apoio da Associação Maria Flos Carmeli, Estúdio de Ballet Cisne Negro, Nossa Senhora da Pauta, Atelier Felipe Guedes e a agência de comunicação Inspiração 6. Ao decorrer dos 8 anos de atuação no meio artístico, o grupo realizou a montagem de 6 espetáculos: “SAGA|TIBA” em 2014, “DITOLINAHDURA” em 2015, “Ausência” em 2016, “Bambaquerê” em 2017, “Casa Um Cortejo Para Lugar Nenhum” em 2018 e “Corpo Ancestral” em 2019. E 5 projetos de integração de criação com parceiros: espetáculo “CORPOSENSU” em 2015, intervenção artística “Notações de uma coreografia Urbana” em 2015, documentário “MOVIMENT” em 2016, espetáculo “Eu Sou” em 2016 e espetáculo solo “Abismo” em 2016. Dentre todos os projetos já desenvolvidos pelo grupo Corpo Molde (CM), temos o evento multicultural “TROCA EM CENA", que nasceu como contrapartida e se tornou uma das iniciativas mais importantes para o grupo, onde o evento tem como objetivo realizar trocas de experiências artísticas, convidando projetos de espetáculos e processos de pesquisa em desenvolvimento para uma apresentação conjunta. O Grupo Corpo Molde oferece uma oficina para o público e artistas convidados, quebrando a quarta parede existente na composição cênica e aproximando o público da linguagem artística, trabalhada e pesquisada pelos artistas convidados. Ao todo já participaram desta iniciativa desde 2015 em média de 47 artistas entre coletivos e artistas solos, em diversas linguagens artísticas como: dança, teatro, artes plásticas, produção audiovisual, performance, palestras, dentre outras linguagens no total de 14 eventos, abertos ao público de modo gratuito. Em ano de 2020 o grupo realizou diversas iniciativas via suas mídias sociais (instagram, facebook, youtube), durante o período da pandemia e isolamento social, como: Programa CENA, jogo de entrevista em formato de talkshow realizado com diversas personalidades da Dança de São Paulo e do Rio de Janeiro, promovido de Maio à Agosto de 2020, que proporcionou a troca de experiência a valorização da história e da memória da dança, através dos artistas convidados (as/es): Ana Catarina Vieira, André Santana, Alisson Lima, Yaskara Manzini, Maria Eugênia Tita, Thico Lopes, Kelson Barros, Flávia Mazal, Rose Maria, Estela Laponni, Paula Petreca, Mariana Duarte, Willian Gasparo, Tati Sanchis, Rosane Almeida, Rubens Oliveira Martins, Inês Bogéa, Escola e Faculdade Angel Vianna, Rodrigo Cândido, Rafael Rodrigues, Luiz Anastacio, Liliane Grammont, Talita Bretas, Henrique Bianchini, Gal Martins, Marina Abib, Carol Rocha, Silvana de Jesus e Alex Neoral. Promovendo o encontro com 29 artistas que compõem a 1º Temporada do Programa CENA, trazendo pautas importantes da além da cena da dança, mas sobre as suas construções artísticas, referências de trabalho, estratégias de sobrevivência, métodos de pesquisa e provocações. A 2º Temporada desenvolvida em 2021,o projeto conta com uma iniciativa interativa a coletivos e artistas independentes da periferia da capital paulista, crítico de dança do prêmio APCA e pontes com o Rio de Janeiro, recebendo os artistas: Rivaldo Ferreiro, Rodrigo Lima, Douglas Iesus, Henrique Rochelle, Lucimeire Monteiro e Carlinhos de Jesus. O grupo realizou também a 1º Temporada do Programa “Metendo a Colher”, abordando diversas temáticas presentes na luta do feminismo, sobre as rupturas presentes sobre esse tema na sociedade, tendo a oportunidade de conhecer e receber: Patrícia Oliveira (Advogada), Clarissa Passos Teixeira (Assistente Social), Tuany Nascimento (Bailarina Clássica e fundadora do projeto Na Ponta dos Pés), Nice Estrela (Dançarina Urbana), Julia Del Bianco (Bailarina e Modelo Plus Size), Adriana Barbosa (Empreendedora e Fundadora da Feira Preta), Pâmella Amy (Dançarina Africana), Renata Perón (Mulher Trans e Cantora) e Naruna Costa (Atriz). Como também promover debates sobre: Violência Contra Mulher na Pandemia, Estratégias de Combate a Violência, Mulheres Pretas no Ballet Clássico, Sexíssimo na Dança, Representatividade, Feminismo Negro e Feminismo Intersecional. Em 2021 realizou a 2º Temporada do programa abordando temáticas, como: Defesa Pessoal, Legalização do Aborto, Escritoras Indígenas, Kemetic Yoga e Saúde Mental. A partir desses temas o grupo teve a oportunidade de receber: Viviane Dantas (Atleta e Professora de Técnicas de Defesa Pessoal), Movimento Católicas Pelo Direito de Decidir, Márcia Kambeba. Glauce Pimenta Rosa e Camila Melissa. Em 2020 o grupo criou as iniciativas que visam o objetivo de gerar sustentabilidade, promovendo os cursos “Da Cabeça para o Papel” (virtualmente), com a participação de diversos trabalhadores do setor da cultura, dentre eles com a participação de: Yaskara Manzini (Doutora e Mestre em Artes pela UNICAMP, crítica da APCA), Frederico de Paulo (Assessor de Imprensa), Tarcísio Cunha (Criador de Conteúdo Digital e criador da Agenda de Dança), Júnior Cecon (Gestor e Produtor Cultural), Talita Bretas e Fernando Maiola (Portal MUD), com objetivo de fornecer ferramentas a jovens produtores culturais da cidade, ajudando a potencializar as suas ideias. Também neste período realizou o curso “Dança Comigo?” (virtualmente) com a participação dos professores do CM, a proporcionar imersões entre aulas práticas e teóricas de Dança. O Ano de 2020 demonstrou ao grupo Corpo Molde, que seria necessário enquanto estratégia de sobrevivência realizar a modificação de seus projetos como também nos demonstrou que a companhia poderia atuar entre outras interlinguagens como projetos que se comunicam com as lutas presentes no coletivo como as causas feministas, do movimento LGBTQIAP+, ações de se pensar o bem-estar físico e mental, ações que discutem os meios de sobrevivência dentro do setor cultural, como o desenvolvimento das políticas públicas em desenvolvimento para dança, dentre outras ações. Reconhecer que o grupo Corpo Molde (CM), pode ser uma companhia “além da dança cênica”, trouxe uma reformulação de nossos projetos para o ano de 2021, trazendo uma reformulação de nossas ações através de 3 pilares de desenvolvimento: FORMAÇÃO, onde se encontra o nosso pilar de nascimento e base do projeto inicial e o que reforça a nossa metodologia através do desenvolvimento da CCM (Cultura Corporal do Movimento), ARTE & CULTURA, onde se encontram as criações de nossos espetáculos, pesquisas e produções artísticas, e HISTÓRIA & MEMÓRIA, onde se encontram o contexto de estudo e valorização da história da dança, sendo uma forma de criação de um banco de memória aos trabalhos promovidos por artistas que movimentam diversos nichos dentro da dança. Desde o início de 2021 o CM, já promoveu lives via instagram sobre a Visibilidade Trans, recebendo: Tarson Brant (ator, presente na novela “A Força do Querer” da rede Globo), Lolla (ex-presidiária e atualmente comentarista do portal UOL) e Paula Beatriz (a primeira diretora Trans de uma escola pública), como também buscou ações para ampliar e aproximar do seu público com a iniciativa “CM|Bem-estar”, promovendo lives abordando temáticas como Ansiedade, Saúde Mental e Espiritualidade Humana, onde recebemos: Cristiane Yonezaki (Mestre em Distúrbios da Comunicação e Especialista na técnica Jin Shin Jyutsu), Raquel Salles (psicóloga), Ana Carolina (Pós Graduada em Enfermagem Intensiva) e Monja Coen Roshi (fundadora do Zendo Brasil). Em Março de 2021, o Grupo Corpo Molde, realizou a circulação do espetáculo “Bambaquerê”, em parceria com a Pin Rolê Invenções, por meio do PROAC Expresso Lab nº 37/2020 via Lei Aldir Blanc, promovendo circulação nos equipamentos de cultura da Zona Sul de São Paulo, apresentando nos espaços virtuais: Canal do Youtube Fábricas de Cultura, via páginas do Facebook do Teatro Paulo Eiró, Centro de Culturas Negras Mãe Sylvia de Oxalá e da Casa de Cultura do Campo Limpo. A partir deste projeto também o grupo promoveu uma série documental do processo de criação, compartilhando suas experiências no aspecto técnico difundindo as linguagens da: Trilha Sonora, Cenografia e Iluminação, Fotografia e Filmagem, Figurino, Direção e Coreografia, Produção Cultural, Elenco e por fim a realização dos próprios equipamentos de cultura, abordando a importância destes equipamentos em seus territórios como também a valorização do trabalho de seus gestores, perante ao trabalho desenvolvimento nas comunidades do entorno do equipamento, como também o desenvolvimento de iniciativas culturais ao decorrer da pandemia. Ao decorrer de todos esses 8 anos o CM já impactou em média mais 8.000 pessoas em suas iniciativas presenciais, e nas ações promovidas desde 2020 em ações remotas impactou em média certa 29.045 pessoas. No total em mais de 211 ações realizadas em iniciativas presenciais em sua maioria nas periferias da ZS de SP e remotas impactando o mundo. FOTOS:

Verbete editado por:

Jonas Gouveia - Pesquisa SPCD - Atualizado (OUTUBRO 2021)
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