Dança em Rede

La Vivandière ou Markitantka

  • Categoria: Coreografias
  • País de origem: Inglaterra
  • Ano de criação: 1844
  • Duração: 0 min.
  • Grupos de estreia: Ballet of Her Majesty's Theatre
  • Autores: Arthur Saint-León e Fanny Cerrito

Histórico

Fanny Cerrito como Kathi, La vivandière, 1844. Foto: The Marius Petipa Society | Divulgação
Fanny Cerrito como Kathi, La vivandière, 1844. Foto: The Marius Petipa Society | Divulgação
La Vivandière, Kirov Ballet (Mariinsky Ballet). Foto: Divulgação
La Vivandière, Kirov Ballet (Mariinsky Ballet). Foto: Divulgação
Emilie Tassinari e Theo Duff Grant, La Vivandière, Dutch National Ballet Junior Company. Foto: Michel Schnater | Divulgação
Emilie Tassinari e Theo Duff Grant, La Vivandière, Dutch National Ballet Junior Company. Foto: Michel Schnater | Divulgação

Mini Biografia do Coreógrafo

Arthur Saint-Léon (1821-1870) nasceu em Paris, na França, com o nome Charles-Victor-Arthur Michel. Filho do bailarino e maître de ballet Léon Michel, começou a dançar sob orientação do pai. Bailarino, trabalhou em Bruxelas, Viena, Milão, Londres e Paris. Também foi maître de ballet da Ópera de Paris, do Imperial Ballet (Kirov Ballet/Mariinsky Ballet) e de uma pequena companhia em Lisboa. Também foi violinista e criador do método Sténochorégraphie de notação coreográfica. Ele é mais conhecido como coreógrafo e suas obras mais famosas são Coppélia (1870), La Vivandière (1844), La Source (1866) e The Little Humpbacked Horse (1864). Foi casado com Fanny Cerrito (1817-1909). Fanny Cerrito (1817-1909) nasceu em Nápoles, na Itália, com o nome Francesca Teresa Giuseppa Raffaela Cerrito. Estudou na escola de ballet do San Carlo Opera House, sob a supervisão de Salvatore Taglioni, e estreou como bailarina em 1932. Trabalhou no La Scala, no Her Majesty's Theatre e na Ópera de Paris. As obras Ondine (1843), de Jules Perrot (1810-1892), e Le Violon du diable (1849), de Arthur Saint-León (1821-1870), foram criadas para ela. Como coreógrafa, além de parcerias com esses dois coreógrafos, criou as obras Rosida (1845) e Gemma (1854). Foi casada com Arthur Saint-Léon (1821-1870). Considerada uma das maiores bailarinas da era Romântica, faleceu em Paris em 1909.

Principais remontagens

Jules Perrot (1810-1892) levou La Vivandière (1844) para a Rússia e a remontou em 1855, sob o título Markitantka. Fanny Cerrito (1817-1909) dançou essa versão como sua personagem original, Kathi, ao lado do próprio Jules Perrot (1810-1892) como Hans. Marius Petipa (1818-1910) fez sua remontagem vários anos depois, em 1881. Ambos a remontaram para o Imperial Ballet. A parte mais famosa do ballet é conhecida como La Vivandière Pas de Six, sendo inicialmente um pas de quatre, mas Arthur Saint-Léon (1821-1870) a transformou em pas de six para a estreia na Ópera de Paris. No livro La Sténochorégraphie (1852), ele publicou esse pas de six completo em seu próprio método de notação de dança. Em 1975, com base nessas informações, a especialista em notação coreográfica Ann Hutchinson Guest e o coreógrafo Pierre Lacotte remontaram La Vivandière Pas de Six para o Joffrey Ballet. Pierre Lacotte remontou o pas de six em 1976 para a Ópera de Paris e em 1978 para o Kirov Ballet; em 1982, Ann Hutchinson Guest remontou para o Royal Ballet. Desde então, a obra é remontada como um pas de six pelas companhias ao redor do mundo.

Sinopse

La Vivandière ou Markitantka (1844) é um balé de um ato, com coreografia de Arthur Saint-León (1821-1870) e Fanny Cerrito (1817-1909) e música de Cesare Pugni (1802-1870). O libreto foi escrito por Arthur Saint-León (1821-1870). Na estreia, Fanny Cerrito (1817-1909) dançou como Kathi e Arthur Saint-Léon (1821-1870) dançou como Hans, os dois personagens principais da história.
Em um vilarejo da Hungria, Kathi e Hans estão apaixonados um pelo outro. Ela é uma vivandière, moça respeitável ligada a regimentos militares para vender mercadorias aos soldados. Ele é o filho do dono da taberna. Hans pede o consentimento de seu pai para casar-se com Kathi, mas o barão e o prefeito da vila intervêm sob alegação que ela é pobre. Essa intervenção tem um motivo: ambos estão interessados em Kathi, mesmo sendo casados. O pai do rapaz aceita o argumento e não permite o casamento.
As esposas do barão e do prefeito sentem ciúme de Kathi e imaginam que, se eles usassem algum objeto que os fizessem lembrar delas, nada aconteceria. O barão ganha um anel, enquanto o prefeito ganha um medalhão. Kathi assiste à tudo e pergunta ao pai de Hans se o casamento seria consentido se ela tivesse um dote. Sim, foi a resposta.
Ela encontra uma maneira de conseguir o seu dote, enganar os dois. Kathi se declara tanto ao barão quanto ao prefeito, e pede provas de amor. Ela recebe o anel e o medalhão, e os chantageia: ou recebe dinheiro em troca, ou as esposas ficarão sabendo de tudo. Ambos cedem e ela devolve os objetos. Assim, Kathi conseguiu o valor do dote, e ela e Hans puderam se casar.

 

Bibliografia

Livros

Arthur Saint-Léon. La Sténochorégraphie, 1852
Ann Hutchinson Guest. La Vivandière Pas de Six. The Noverre Press, 2016
Cyril W. Beaumont. O livro do ballet: um guia dos principais bailados dos séculos XIX e XX. Editora Globo, 1953.

Internet

Informações sobre La Vivandière na página Marius Petipa Society
<https://petipasociety.com/la-vivandiere-ou-markitantka/>

(Cássia Pires | Pesquisa SPCD)

Videografia

Em DVD

Kirov Classics, Kirov Ballet, 1991

Na internet

La Vivandière Pas de Six, obra completa, Ópera de Paris, s.d.
<https://vimeo.com/114435327>
La Vivandière Pas de Six, obra completa, Mariinsky Ballet, 2007
<https://www.youtube.com/watch?v=YRZeReD9pWs>
La Vivandière Pas de Six, obra completa, International Youth Ballet Festival 2018
<https://www.youtube.com/watch?v=pqFhRQ_nX-I>

Verbete editado por:

Atualizado (DEZEMBRO 2020)
X