Michel Fokine
Segmento: Profissionais da Dança
Cidade: Saint Petersburg
Estado: Saint Petersburg
País: Russia
Conteúdo: Michel Fokine formou-se no Teatro Mariinsky em 1898. Em 1902 tornou-se primeiro-solista e professor e, em 1904, assumiu a direção do balé da casa — sucedendo Marius Petipa. Expoente de uma nova geração russa, propôs abandonar a repetição de “truques” virtuosísticos para esculpir o movimento com mais flexibilidade, plasticidade e sentido expressivo. Em 1905 criou “A Morte do Cisne” para Anna Pavlova, manifesto de simplicidade cênica e força dramática. Em 1907 apresentou “Chopiniana/Les Sylphides”, poema lírico e abstrato, sem narrativa linear.
Em 1909 foi convidado por Diaghilev para os Ballets Russes, criando “O Pássaro de Fogo” com música de Stravinsky. Em 1911 coreografou “O Espectro da Rosa”, peça breve com protagonismo masculino decisivo para a retomada do bailarino em cena; no mesmo ano estreou “Petrushka”, a partir de histórias populares russas, em meio a tensões estéticas com a música de Stravinsky e a movimentação de Nijinsky. Em 1912, Diaghilev elevou Nijinsky a coreógrafo principal e Fokine regressou ao Teatro Imperial; em 1920 mudou-se para os EUA, onde abriu escola, trabalhou com diversas companhias e permaneceu até falecer em Nova Iorque, em 1942.
Defensor de uma reforma do balé clássico, formulou cinco princípios do “Novo Balé”: (1) adequação entre estilo de dança e tema; (2) expressão clara da ação dramática; (3) pantomima apenas quando pertinente — e realizada com o corpo inteiro; (4) corpo de baile usado para criar atmosferas dramáticas, não como mera decoração; (5) aliança orgânica entre a dança e as demais artes. Influenciado pela liberdade de movimento de Isadora Duncan, buscou renovar o balé sem romper com ele, enquanto Nijinsky e Stravinsky avançavam rumo a uma linguagem declaradamente moderna.
Data: 5 de novembro de 2025