Confira nossa agenda e acompanhe de perto os
espetáculos da São Paulo Companhia de Dança
Próximos eventos
Acessibilidade
A SPCD disponibiliza no meio virtual diferentes conteúdos com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, Libras e legendas em português. São vídeos que abordam a dança para as crianças, documentário sobre o funcionamento de uma companhia artística e workshop aberto a todos. Além disso, a São Paulo realiza espetáculos acessíveis como modo de ampliar o acesso à arte e à cultura para o público em geral.
Videodanças SPCD
Ao longo dos anos, a São Paulo Companhia de Dança tem desenvolvido diferentes obras clássicas e contemporâneas em um diálogo fino entre a dança, a música e o audiovisual. Alguns destas criações, que contam também com o entrosamento entre os artistas da SPCD e de outras instituições do Estado de São Paulo estão disponíveis gratuitamente para serem assistidas de modo online.
Vídeos
Gala Clássica
Nkali
Marmórea
Repertório
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Charles Lima
dos SANTOS (2024)
Coreografia: Alex Soares Músicas: Matais de Incêndios, anônimo, interpretado por Vox Brasiliensis e Ricardo Kanji; Partita for 8 voices, No.4 Passacaglia, Caroline Shaw, interpretada por […]
dos SANTOS (2024)
Coreografia: Alex Soares Músicas: Matais de Incêndios, anônimo, interpretado por Vox Brasiliensis e Ricardo Kanji; Partita for 8 voices, No.4 Passacaglia, Caroline Shaw, interpretada por Brad Wells e Roomful of Teeth; Final Parade, Felix Rösch; Obstacle Course, Christophe Zurfluh Figurino: Cassiano Grandi Iluminação: Wagner Freire Estreia: 2024 | Sesc Guarulhos, Guarulhos – SPdos SANTOS, primeira obra de Alex Soares para a São Paulo Companhia de Dança, é inspirada em uma cantiga do Brasil Colonial chamada "Matais de Incêndio”, um raro villancico brasileiro - uma canção simples e alegre associada a festividades religiosas - cujo autor é desconhecido, datado por volta de 1700. Cantada em português, foi categorizada como um canto "desonesto", "profano" ou "indecente" pela legislação eclesiástica da primeira metade do século 18. A obra faz referência a um dos sobrenomes de origem religiosa mais populares no Brasil. Na era das colônias, dos Santos era um nome dado aos filhos bastardos, aos não primogênitos, as mulheres e para muitas pessoas escravizadas. A partir dessas referências e consequências, dos SANTOS move, cruza, questiona identidades e aquilo que inicialmente nos foi dado como força de fé, e que ao longo do tempo ajudou a lapidar a nossa rica, iluminada e diversa cultura. -
Iari Davies
Autorretrato (2024)
Coreografia: Leilane Teles Músicas: Grupo krahó, de Indios Krahó, interpretada por Marlui Miranda; Pasha Dume Pae, de Amazon Ensemble; Canto da liberdade, de Akaiê Sramana, […]
Autorretrato (2024)
Coreografia: Leilane Teles Músicas: Grupo krahó, de Indios Krahó, interpretada por Marlui Miranda; Pasha Dume Pae, de Amazon Ensemble; Canto da liberdade, de Akaiê Sramana, interpretada por Akaiê Sramana; Tchori Tchori feat. Uakti, de Marlui Miranda e Índios Jaboti de Rondônia, interpretada por Marlui Miranda, Rodolfo Stroeter, Uakti; Mae Inini (The Power of the Earth), de Amazon Ensemble; Tamburim, de Josy.Anne; Kworo Kango, de Canto Kaiapó, interpretada por Berimbaobab Brasil. Produção Musical: Fernando Leite Iluminação: Gabriele Souza Figurino: André von Schimonsky Assistente de Figurino: Wellington Araújo Aderecista: Satie Inafuku Consultores para Assuntos Indígenas: Cristiane Takuá e Carlos Papá Mirim Poty Duração: 19 minutos Pré-Estreia: 2024 | Teatro Municipal Manoel Lyra, Santa Bárbara D’Oeste - SPAutorretrato é a 2ª criação da coreógrafa e bailarina brasileira Leilane Teles para a São Paulo Companhia de Dança. Uma obra que propõe uma reflexão profunda sobre a identidade brasileira, sobre nossa ancestralidade e as múltiplas influências que nos constituem, tecida a partir das imagens vibrantes do vasto acervo de Cândido Portinari, considerado um dos maiores pintores do Brasil. Dentro desse universo, que contém mais de 5 mil peças, foram escolhidas 8 - gentilmente cedidas por João Candido Portinari, filho do artista -, cujo conjunto revela a essência da proposta coreográfica. A obra começa com o autorretrato do próprio pintor, quase um prefácio visual que antecede a imersão na história e na cultura dos povos originários do Brasil. A primeira cena retrata a chegada dos portugueses por aqui e o encontro visceral entre eles e os nativos. À medida que a obra avança, são representadas as relações complexas desde o encontro até os momentos de exploração e a brutalidade da escravização dos nativos, culminando na apresentação de "Índio Morto", uma das telas mais pungentes de Portinari.A trilha sonora foi escolhida com o intuito de dialogar profundamente com a narrativa visual e coreográfica. Dentre os destaques, "Kworo Kango" se ergue como um pilar, uma música ritualística sem tradução conhecida, repetida como uma prece ancestral, que encerra a obra com uma energia de renascimento e resistência. O figurino desempenha um papel crucial e não busca uma reprodução literal das vestimentas indígenas, mas sim uma interpretação que evoca a essência dessa cultura. De forma discreta, ele revela a pele, enquanto formas geométricas fazem alusão às pinturas de Portinari, adicionando camadas de significado à narrativa. Os objetos cênicos também são carregados de simbolismo, trazendo acessórios como brincos, colares e adornos de panturrilha, inspirados nas manifestações culturais do povo Carajás, retratado pelo pintor.Embora a coreografia se inspire livremente na representação desses povos, a intenção não é a de uma reprodução literal, mas sim a de captar a brasilidade e a multiplicidade de influências culturais que constituem a nossa identidade nacional. A criação de Autorretrato foi enriquecida pela consultoria para assuntos indígenas de Cristiane Takuá e Carlos Papá, dois especialistas, cuja participação foi essencial para garantir que as representações culturais fossem tratadas com o respeito e a autenticidade que merecem, além de adicionarem profundidade e sensibilidade únicas à coreografia. -
Iari Davies
Yoin (2024)
Coreografia: Jomar Mesquita Assistente de coreografia: Rúbia Frutuoso Músicas: Poema Saudades, de Arnaldo Antunes; Assum Preto, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (intérprete: Jorge Du […]
Yoin (2024)
Coreografia: Jomar Mesquita Assistente de coreografia: Rúbia Frutuoso Músicas: Poema Saudades, de Arnaldo Antunes; Assum Preto, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (intérprete: Jorge Du Peixe); Fim de Festa, de Itamar Assumpção (intérpretes: Naná Vasconcelos e Itamar Assumpção); Carinhoso, de João de Barro e Pixinguinha (intérprete: Elza Soares); Como 2 e 2, de Caetano Veloso (intérpretes: Arnaldo Antunes e Vitor Araújo); Samba da Benção, de Baden Powell e Vinícius de Moraes (intérprete: Maria Bethânia); Avisa, de Tato (intérprete: Cida Moreira); Juízo Final, de Elcio Soares; Nelson Cavaquinho (intérprete: Arnaldo Antunes); Manhã de Carnaval, de Luís Bonfa e Antônio Maria (intérpretes: Jean Pascal Quiles, Louis Quiles e Nelly Decamp); vozes dos bailarinos do elenco. Figurino: Agustina Comas Iluminação: André Boll Estreia: 2024, Teatro Sérgio Cardoso | São Paulo - SP Qual é a sensação que fica após cessado o estímulo? Os mínimos e mais sutis, os dolorosos ou longevos. O som da gangorra, o cheiro do café da avó, toques, as imagens que parecem permanecer ou persistir. Aqueles que gostaríamos de guardar em uma cristaleira, em um relicário. E como nos transformamos quando tais estímulos deixam de ser reais, mas persistem na nossa cristaleira interior... Yoin. Ao revisitar as referências usadas para criar a obra Mamihlapinatapai - primeira criação de Jomar Mesquita para a São Paulo Companhia de Dança – o coreógrafo se deparou com outra conotação do significado dessa palavra tão instigante: aquele momento de reflexão em volta do fogo, após os avós transmitirem suas histórias e conhecimentos para os mais jovens. Ou seja, mais uma vez: a sensação que fica após cessado o estímulo. “E o que fazemos com o que ficou, com as nossas ancestralidades, perdas, gozos, suspiros, arrepios, dores... que guardamos no nosso relicário: Yoin. Essa nova criação nos faz retornar, portanto, ao início desse meu encontro com esses artistas e refletir sobre as sensações que ficaram em nós e as que deixamos no público. O que ficou das experiências passadas de cada um, das nossas ancestralidades, quais legados nos foram transmitidos e por nós embalados. Nos transformamos em novas versões de nós mesmos, após cessados os estímulos que nos perpassaram ou nos atravessaram”, conta Jomar. A trilha sonora metaforiza esse universo, com versões de músicas cujas interpretações originais marcaram o cenário musical brasileiro e o que elas se tornaram após transformadas por novos olhares. O figurino utiliza o upcycling em uma analogia com as novas e melhores versões que podemos criar de nós mesmos a partir dos resíduos das experiências vividas, que guardamos nas nossas cristaleiras interiores. A iluminação simboliza a fogueira de forma contemporânea, em volta da qual os saberes e ancestralidades são transmitidos para nos transformar. Yoin também diz da própria dança que, com sua efemeridade, deixa suas marcas e sensações, após fechadas as cortinas... para o público embalar nos seus relicários.