Dança em Rede

Filtros:

Yuco Lindberg

Segmento: Profissionais da Dança
Cidade: Saue vald
Estado: Harju
País: Estonia
Conteúdo: Yuco Lindberg (1906–1948) foi uma figura essencial para o desenvolvimento do balé clássico no Brasil, especialmente no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nascido na Estônia, chegou ao país em 1921, estabelecendo-se inicialmente em São Paulo. Em 1928, foi convidado por Ricardo Nemanoff, então diretor da Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (em substituição à fundadora Maria Olenewa), a integrar a instituição na capital carioca. Logo após seu ingresso, Yuco tornou-se membro do Corpo de Baile do Theatro Municipal e, em 1933, ascendeu ao posto de primeiro bailarino. Sua trajetória no palco foi marcada por interpretações memoráveis, como em "Imbapara" (1934), "Amaya" e "As Garças" (1942), com coreografias de Maria Olenewa, além de produções como "Daphnis et Chloé", "La Boîte à Joujoux" e "Masques et Bergamasques" (1939), criadas por Vaslav Veltchek. Destacou-se também em "Primeiro Baile" (1945), com coreografia de Igor Schwezoff. Em 1942, assumiu a direção da Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do RJ, cargo que ocupou até seu falecimento, em 1948. Como coreógrafo, deixou obras importantes como "Amor de Cigano", "Inspiração" (1944), "Congada" (1945), "A Felicidade" (1943), "Prelúdios" e "Muiraquitã" (1946). Também atuou como maître de balé da companhia. Quando não havia coreógrafos convidados, Yuco era quem mantinha a qualidade e continuidade das temporadas do corpo de baile, criando obras com impressionante agilidade. Por isso, recebeu de Nina Verchinina o apelido de Mago dos Bailados, em reconhecimento à sua genialidade e dedicação. Como definiu Nicanor Miranda: “Vivia para a arte da dança, trabalhava intensamente, com afinco, não esmorecendo nunca, por maiores que fossem os percalços da carreira que escolheu para dedicar sua vida.”
Data: 9 de outubro de 2025