Dança em Rede

Cristian Uboldi

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Uruguai

Histórico

Cristian Uboldi nasceu em Montevidéu em 1932. Somente em 1948, enquanto fazia parte de uma peça teatral, teve contato com a dança. A partir daí começou a estudar com professores de sua cidade de forma esporádica, porque não tinha dinheiro para pagá-los. Quando o professor Boris Kniaseff (1900-1975) chegou à cidade, ele passou a tomar aulas com o mestre. No início de 1949, já integrava o Corpo de Baile do Teatro de Sodre, dirigido na ocasião pelo francês Roger Fenonjois (1920-2002), ex-étoile do Ballet da Ópera de Paris, considerado por Uboldi como seu verdadeiro professor. Em 1951, o jovem bailarino já atuava na qualidade de solista, sob a direção de Tamara Grigorieva (1918–2010), ex-primeira bailarina do Ballet Russo de Basil. No começo de 1954, o húngaro Aurel Milloss (1906-1988) passou por Montevidéu e o contratou para o Balé do IV Centenário, companhia criada para os festejos do aniversário de 450 anos de São Paulo. Nesse grupo, Uboldi estreou em posição de destaque, especialmente por sua atuação em O Mandarim Maravilhoso", no qual atuava como substituto de Miloss no papel titular. Durante os quase dois anos em que ficou com a companhia, foi apontado pela imprensa como bailarino-revelação. Em 1955, ele entrou para o Ballet do Museu de Arte de São Paulo, onde começou a coreografar. Pouco tempo após o fim da experiência, Uboldi resolveu ir para a Europa, onde passou uma longa temporada entre França, Itália e Bélgica. Nesse período, reuniu no currículo atuações no Grande Ballet do Marquês de Cuevas (1957-1958), no Balletto Europeo de Nervi Nervi, em Gênova, na Itália (1960-1961) e no Ballet du XX Siè cle de Maurice Béjart (1964-1968). Essa temporada foi fértil na elaboração de coreografias. Entre elas, figura uma versão de "O Entardecer do Fauno" que ganhou montagem de grupos como New London Ballet, Scottish Ballet e K-Ballet (essa última já nos anos 2000). Em 1974, ele retornou ao Brasil, onde coreografou "Psiculuspeculum" para o Ballet Stagium. Logo em seguida, retornou à Europa."

Trabalhos

Tocata e Fuga, com música de Bach (1955)

«Orfeo», com música de Stravinsky (1955)

«Cymbeline», com música de Sauguet (1967)

«Psiculuspeculum», com música de Pink Floyd (1974)

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Links

(por Amanda Queirós | Pesquisa SPCD) 662

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Atualizado (MAIO 2020)