Dança em Rede
Coppélia
- Categoria: Coreografias
- País de origem: França
- Cidade de origem: Paris
- Ano de criação: 1870
- Duração: 100
- Grupos de estreia: Ballet da Ópera de Paris
- Autores: Arthur Saint-Léon
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Remontagens:
Noce villageoise".
- Outra característica curiosa é o fato de nas primeiras apresentações não haver um pas de deux, e o ballet terminar no segundo ato. Isso ocorreu porque o papel de Franz era interpretado por uma mulher - daí o motivo de não existir pas de deux e variação masculina da montagem original. Somente quando Petipa remontou a obra na Rússia é que o 3º ato - um grande divertissement que mostra o Festival do Sino - com o grand pas de deux começou a ser encenado, alcançando grande sucesso. Como não há uma variação para o Franz na partitura original, cada montagem acaba utilizando uma música diferente, geralmente extraídas de outras peças de autoria de Delibes: Sylvia e La Source (composta em parceria com Ludwig Minkus).
- Uma observação interessante a ser feita sobre Coppélia é a estrutura do ballet como um todo: Nos dois primeiros atos, montados originalmente na França, há mais encenação do que dança, e no terceiro ao contrário, há mais dança e menos encenação.
Uma boa maneira de vermos esses detalhes é através da reconstrução feita para o Bolshoi, onde há a predominância dos tutus românticos nos primeiros atos, e dos tutus clássicos no terceiro."
Histórico
Sinopse
Swanilda e Franz são um casal apaixonado e pretendendo se casar em um festival no qual dotes são distribuídos aos noivos. Porém, Swanilda está incomodada com Franz, que não para de olhar para uma jovem, que todos os dias lê um livro na sacada da casa do Dr. Coppélius. Quando Coppélius sai de casa, ele derruba suas chaves e Swanilda tem a ideia de ir descobrir quem é a sua rival. Ela entra pela porta da casa com as amigas, e logo após Franz arruma uma escada para entrar pela janela.
Dentro da casa, Swanilda e as amigas encontram diversos bonecos em tamanho humano e descobrem que a tal moça é na realidade Coppélia, uma boneca mecânica. Ela é tão perfeita que parece uma pessoa de verdade. As meninas começam a rir, ao lembrar que Franz provavelmente se apaixonou por uma boneca.
Quando Coppélius chega, Swanilda se esconde. Ele expulsa as amigas da menina e, ao ver Franz na janela, o convida para entrar, oferecendo a ele vinho com um sonífero. O plano de Coppelius é dar vida à Coppélia, sua boneca preferida e, para tanto, pretende usar a vida de Franz. Para salvar Franz, Swanilda pega as roupas de Coppélia e finge ser a boneca, já viva, conseguindo distrair Coppélius, acordar Franz e escapar com ele, causando grande alvoroço na casa e nos bonecos de Coppélius, que depois encontra sua Coppélia inanimada.
Prestes a se casarem, Swanilda e Franz são surpreendidos pelo Dr. Coppelius, que reclama o pagamento dos estragos, já que eles destruíram diversos de seus bonecos. Swanilda oferece seu dote para Coppélius, mas o nobre que patrocinava o festival se oferece para pagar o Dr, assim Swanilda fica com seu dote. Ela e Franz se casam e todos celebram.
Algumas curiosidades sobre a obra:
– Coppélia foi criada com base na história do livro Der Sandmann and Die Puppe”, de ETA Hoffman (o mesmo autor de “O Quebra-Nozes”), que fala sobre a ambição de um velho em dar vida à sua maior criação (uma boneca), fato esse que se concretiza. Os libretistas, porém, quiseram retirar o teor macabro do conto original, e transformaram Coppélia em uma simples boneca mecânica, que acaba fazendo da história um divertido “triângulo” amoroso.
– Uma das marcas características da peça foi a inserção da chamada Dança à Caráter, que são danças folclóricas de diversos países, e ela está presente em todos os atos da peça: No primeiro, é representado pelos camponeses que dançam a Mazurca (Dança Polonesa) e a Csardas (Dança Húngara). No segundo, a Dança à Carater aparece nos bonecos do Dr. Coppélius, fazendo a dança Espanhola (Bolero) e a Dança Escocesa. E no terceiro é representada pela música das Damas de Honra, que na partitura original é chamada de “L’hymen&mdash
Bibliografia
The Ballet Bolshoi
Ballet do Teatro Mariinsky
English National Ballet
The Royal Ballet
San Francisco Ballet (versão de Balanchine)
Videografia
Algumas sugestões de leituras e referências acerca da História da Dança:
ANDERSON, Jack. Ballet and Modern Dance: a concise history
ANDERSON, Jack. Dança
AU, Susan. Ballet & modern dance.
BALANCHINE, George; MASON, Francis. Complete Stories of the Great Ballets
BOUCIER, Paul. História da Dança no Ocidente
CAMINADA, Eliana. História da Dança: evolução Cultural
COHEN, Selma Jean. Dance as a Theatre Art
CRAINE, Debra; MACKRELL, Judith. The Oxford Dictionary of Dance
DILS, Ann; ALBRIGHT, Ann Cooper. Moving History / Dancing Cultures: a dance history reader
FARO, Antonio Jose; SAMPAIO, Luiz Paulo. Dicionário de Balé e Dança
KIRSTEIN, Lincoln. Four Centuries of Ballet
KOEGLER, Horst. The Concise Oxford Dictionary of Ballet
PORTINARI, Maribel. História da Dança
SCHOLL, Tim. From Petipa to Balanchine
SORELL, Walter. Dance in Its Time
Links
Versões em DVD:
– Hungarian National Ballet, 1976
Com Katalin Csarnóy e Imre Dózsa
– Ballet de San Juan, 1980
Com Ana Maria Castanon e Fernando Bujones
– The Australian Ballet, 1990
Com Lisa Pavane e Greg Horsman
– The Kirov Ballet/Mariinsky Ballet, 1993
Com Irina Shapchits e Mikhail Zavialov
– Ópera de Lyon, 1994
Versão coreográfica de Maguy Marin
– The Royal Ballet, 2000
Com Leanne Benjamin e Carlos Acosta
– Escola de Ballet da Ópera de Paris, 2001
Com Charline Giezendanner e Mathieu Ganio
– Ópera de Paris, 2011
Com Dorothée Gilbert e Mathias Heymann
Exibições no Cinema:
– The Bolshoi Ballet, 2011
Com Natalia Osipova e Vyahceslav Lopatin