Dança em Rede

O Festival O Boticário na dança foi criado dentro de uma plataforma de ações de apoio à dança criada pela empresa de cosméticos O Boticário a partir de 2012 e financiada via lei de incentivo fiscal. Seu objetivo é apresentar novos nomes da cena mundial por meio de espetáculos internacionais de grande alcance de público, numa proposta parecida com a do extinto Carlton Dance Festival. Não por acaso, a equipe executiva por trás do novo evento é a mesma responsável pela mostra que marcou época entre os anos 1980 e 1990. Dessa vez, Monique Gardenberg ficou mais uma vez à frente da produção, enquanto Sheyla Costa foi escalada como uma das curadoras. A equipe de seleção dos grupos participantes da primeira edição do Festival O Boticário na Dança teve ainda participação do alemão Dieter Jaenicke, diretor do Centro Europeu de Artes de Dresden, a paranaense Eleonora Greca, gestora de patrocínios do grupo O Boticário, e consultoria da artista carioca Márcia Rubin para a escolha dos nomes nacionais. A estreia do festival ocorreu em maio de 2013 com quatro companhias internacionais até então inéditas no Brasil: Maribor Ballet (Eslovênia), Hofesh Schechter (Inglaterra), Shen Wei Dance Arts (China/EUA) e Peeping Tom (Bélgica). Três grupos brasileiros também foram pinçados: Quasar Cia. de Dança (Goiás), Grupo de Rua (Rio de Janeiro) e Mimulus (Minas Gerais). O Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebeu todas as atrações, enquanto São Paulo ficou apenas sem apresentação da Mimulus no Auditório Ibirapuera. Em Curitiba, cidade sede da empresa patrocinadora, o Teatro Guaíra hospedou uma versão mais enxuta apenas com atrações internacionais (a exceção foi o grupo de Hofesh Schecter, que não dançou por lá). A primeira edição do Festival O Boticário na Dança contou ainda com uma homenagem a Angel Vianna e workshops de profissionais dos grupos Peeping Tom, Hofesh Schecter e Quasar Cia. de Dança (em São Paulo) e Maribor Ballet (em Curitiba).

Atualizado (MAIO 2020)