Dança em Rede

Koi Guera

  • Categoria: Coreografias
  • País de origem: Brasil
  • Cidade de origem: Fortaleza
  • Ano de criação: 1997
  • Grupos de estreia: Edisca
  • Autores: Dora Andrade

Histórico

Dora Andrade frequentou aulas de piano e línguas quando criança e, aos 10 anos, decidiu se dedicar ao balé. Estudou dança e trabalhou como coreógrafa em Fortaleza, Brasília, Curitiba e nos Estados Unidos e na França. Ê coreógrafa, professora de dança e diretora da Edisca.

Sinopse

Do tupi o que será morto”, Koi-Guera é o quinto espetáculo da Edisca (Escola de Dança e Integração Social para a Criança e Adolescente). A peça aborda a vida e o etnocídio do povo indígena, utilizando a linguagem da dança-teatro.

Todo o trabalho é inspirado na arte indígena. Os adereços e parte dos artefatos utilizados cenicamente foram adquiridos junto à Funai (Fundação Nacional do Índio) e representam a cultura das etnias Ticuna, Paraná, Gaviõ, Maku, Timbe, Wayna Apalal, Naekwa, Nambiquara, Kuoro, Paresi, Japirepe, Wai Wai, Chotrina Waimiri Atroari, Mentuktire, Tenarin e Gorotire.

Em matéria publicada na Folha de S. Paulo, a professora Ana Claudia Andrade explica que, a princípio, o balé pretendia abordar a vida dos índios do Ceará. Mas após visitarem a comunidade dos índios Tapeba, bailarinos e professores se surpreenderam com as condições subumanas às quais os índios viviam. “”A partir dessa constatação, resolvemos enfatizar a situação geral do indígena brasileiro, submetido a um verdadeiro genocídio””, disse Ana Claudia.

“”‘Koi-Guera’ fala de nossas origens, denuncia nossa omissão com os povos indígenas e os reflexos que a perda de elos com o passado pode provocar em nossa identidade cultural””, completa a coreógrafa Dora Andrade.

Ficha técnica
Coreografia: Dora Andrade
Assistentes coreográficos: Valério Oliveira e Gilano Andrade
Colagem musical: Chico Sales
Figurino: Dora Andrade
Cenografia: Marcelo Santiago
Adereços: FUNAI
Direção geral: Dora Andrade”””

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Atualizado (MAIO 2020)