Dança em Rede
Roosevelt Pimenta
- Categoria: Profissionais da dança
- País de origem: Brasil
- UF de origem: RN
- Cidade de origem: Natal
- Data de falecimento: 22/04/2011
Histórico
Começou a carreira artística no Teatro de Amadores de Natal, ao lado do dramaturgo Sandoval Wanderley. De início, foi contra-regra, depois passou a assistente de direção e iluminador até chegar a ator. Conheceu então Jesiel Figueiredo, de quem ficou amigo, e migrou para o grupo Artistas Unidos, onde participou de uma montagem de O Auto da Compadecida".
Motivado pelo desejo de dançar, matriculou-se em um curso de balé clássico da professora Edite Vasconcelos, mas não passou da primeira aula: as mães das alunas fizeram um abaixo-assinado para que ele não retornasse à escola. O mesmo aconteceu em 1965, quando decidiu ter aulas com a professora portuguesa Noêmia Ferraz, que insistiu para que ele continuasse os estudos.
Nesse ano, já profissionalizado no teatro, integrou como assistente de direção uma produção de "A Corda" dirigida pelo pernambucano Clênio Wanderley. Um convite levou a peça a ser apresentada no Recife, onde Roosevelt acabou se instalando após passar em um teste para bailarino para a TV Jornal do Comércio.
Durante a estada na capital pernambucana, ele investiu em aulas de balé no Estúdio de Danças Clássicas Flávia Barros, onde atuou como solista. Tempos depois, integrou uma companhia de teatro de revista e, com ela, viajou ao Norte e a países como Bolívia e Peru.
De volta ao Recife, foi convidado para ser coreógrafo do Circo Real Espanhol, com o qual excursionou pelo Nordeste. Para não perder o treinamento em dança, a cada cidade visitada Roosevelt procurava uma escola em que pudesse fazer aulas. Em São Luís (MA), foi parar na Academia Maranhense de Ballet, conduzida por Reynaldo Faray, que lhe propôs um contrato com a escola após o fim da turnê com circense.
Roosevelt passou três anos no Maranhão, onde desempenhou papéis de ator, bailarino e coreógrafo. Durante uma turnê do Ballet Stagium à capital maranhense, chegou a receber um convite para integrar a companhia paulista.
Antes de embarcar na empreitada, em 1974, decidiu passar férias na capital potiguar, onde acabou convocado pela Secretaria de Educação e Cultura do município a fundar e dirigir o Ballet Municipal de Natal. Desafio aceito, ele passou a coordenar as atividades da instituição, que, em 2004, foi rebatizada de Escola Municipal de Balé Professor Roosevelt Pimenta.
Pelas mãos dele passaram vários nomes que ajudaram a impulsionar a dança em Natal, como Anízia Marques, Fátima Sena, Ana Thereza Miranda, Maria Cardoso, Wanie Rose, Larissa Marques e Karerine Porpino. Como professor, ganhou fama de severo e, apesar de dar aulas de balé, conferia pitadas de gestos modernos e de jazz aos movimentos dos alunos. Para os espetáculos de encerramento do ano letivo, gostava de alternar remontagens de clássicos de repertório com criações originais baseadas em contos do folclorista potiguar Câmara Cascudo (1898-1986).
Ele permaneceu na direção da escola até 2008, mas permaneceu como membro do Conselho Municipal de Cultura. Morreu em 2011, vítima de um AVC, aos 65 anos.
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Motivado pelo desejo de dançar, matriculou-se em um curso de balé clássico da professora Edite Vasconcelos, mas não passou da primeira aula: as mães das alunas fizeram um abaixo-assinado para que ele não retornasse à escola. O mesmo aconteceu em 1965, quando decidiu ter aulas com a professora portuguesa Noêmia Ferraz, que insistiu para que ele continuasse os estudos.
Nesse ano, já profissionalizado no teatro, integrou como assistente de direção uma produção de "A Corda" dirigida pelo pernambucano Clênio Wanderley. Um convite levou a peça a ser apresentada no Recife, onde Roosevelt acabou se instalando após passar em um teste para bailarino para a TV Jornal do Comércio.
Durante a estada na capital pernambucana, ele investiu em aulas de balé no Estúdio de Danças Clássicas Flávia Barros, onde atuou como solista. Tempos depois, integrou uma companhia de teatro de revista e, com ela, viajou ao Norte e a países como Bolívia e Peru.
De volta ao Recife, foi convidado para ser coreógrafo do Circo Real Espanhol, com o qual excursionou pelo Nordeste. Para não perder o treinamento em dança, a cada cidade visitada Roosevelt procurava uma escola em que pudesse fazer aulas. Em São Luís (MA), foi parar na Academia Maranhense de Ballet, conduzida por Reynaldo Faray, que lhe propôs um contrato com a escola após o fim da turnê com circense.
Roosevelt passou três anos no Maranhão, onde desempenhou papéis de ator, bailarino e coreógrafo. Durante uma turnê do Ballet Stagium à capital maranhense, chegou a receber um convite para integrar a companhia paulista.
Antes de embarcar na empreitada, em 1974, decidiu passar férias na capital potiguar, onde acabou convocado pela Secretaria de Educação e Cultura do município a fundar e dirigir o Ballet Municipal de Natal. Desafio aceito, ele passou a coordenar as atividades da instituição, que, em 2004, foi rebatizada de Escola Municipal de Balé Professor Roosevelt Pimenta.
Pelas mãos dele passaram vários nomes que ajudaram a impulsionar a dança em Natal, como Anízia Marques, Fátima Sena, Ana Thereza Miranda, Maria Cardoso, Wanie Rose, Larissa Marques e Karerine Porpino. Como professor, ganhou fama de severo e, apesar de dar aulas de balé, conferia pitadas de gestos modernos e de jazz aos movimentos dos alunos. Para os espetáculos de encerramento do ano letivo, gostava de alternar remontagens de clássicos de repertório com criações originais baseadas em contos do folclorista potiguar Câmara Cascudo (1898-1986).
Ele permaneceu na direção da escola até 2008, mas permaneceu como membro do Conselho Municipal de Cultura. Morreu em 2011, vítima de um AVC, aos 65 anos.
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(por Amanda Queirós | Pesquisa SPCD) 645