Dança em Rede
Rudolf Laban
- Categoria: Profissionais da dança
- País de origem: Áustria-Hungria
- Cidade de origem: Pressburg
- Atividade: Bailarino
- Atividade: Coreógrafo
- Data de nascimento: 1879-12-15
- Data de falecimento: 01/07/1958
Histórico
tais representações geométricas viabilizavam movimentos nos planos da mesa (vertical),da roda (horizontal) e da porta (sagital) e nos níveis alto, médio e baixo. Dessa forma, ações dramáticas podem ser realizadas nas posições dos vértices dessas figuras, bem como em suas diagonais, de forma que o ator atua ampliando a sua kinesfera, buscando uma limpeza gestual e organicidade, assim, consequentemente ele também amplia seu espaço cênico.
As concepções expressas por Laban sobre o movimento humano causaram grande impacto e passaram a influenciar os trabalhos desenvolvidos em áreas tão diversas como Educação, Psicologia, Fonoaudiologia, Teatro, Dança, Música, Artes e Educação Física.
Juntamente com sua colaboradora, Lisa Ullmann, passou a aplicar estes conceitos na dança educativa. Na Inglaterra, a Dança passou a fazer parte do currículo das escolas a partir da década de 40 e, nos Estados Unidos, das escolas elementares às universidades.
Até hoje seus ensinamentos continuam sendo transmitidos no mundo inteiro através de Centros e Universidades. As instituições Laban de maior importância são o LABAN, em Londres e o Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies, em Nova Iorque.
A importância dos trabalhos de Rudolf Laban nas áreas de arte, comunicação, psicologia, educação, arquitetura já receberam reconhecimento universal. Centros universitários, de arte, de educação e companhias de dança na Inglaterra, Estados Unidos, França, Canadá, entre outros, adotam e trabalham com os referenciais de Laban há pelo menos meio século.
A abordagem da dança sob uma perspectiva labaniana permite ao artista e ao leigo compreender, desconstruir e transformar a arte da dança em seus aspectos coreográficos, técnicos e de fruição.
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As concepções expressas por Laban sobre o movimento humano causaram grande impacto e passaram a influenciar os trabalhos desenvolvidos em áreas tão diversas como Educação, Psicologia, Fonoaudiologia, Teatro, Dança, Música, Artes e Educação Física.
Juntamente com sua colaboradora, Lisa Ullmann, passou a aplicar estes conceitos na dança educativa. Na Inglaterra, a Dança passou a fazer parte do currículo das escolas a partir da década de 40 e, nos Estados Unidos, das escolas elementares às universidades.
Até hoje seus ensinamentos continuam sendo transmitidos no mundo inteiro através de Centros e Universidades. As instituições Laban de maior importância são o LABAN, em Londres e o Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies, em Nova Iorque.
A importância dos trabalhos de Rudolf Laban nas áreas de arte, comunicação, psicologia, educação, arquitetura já receberam reconhecimento universal. Centros universitários, de arte, de educação e companhias de dança na Inglaterra, Estados Unidos, França, Canadá, entre outros, adotam e trabalham com os referenciais de Laban há pelo menos meio século.
A abordagem da dança sob uma perspectiva labaniana permite ao artista e ao leigo compreender, desconstruir e transformar a arte da dança em seus aspectos coreográficos, técnicos e de fruição.
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Trabalhos
Junto com o industrial F.C. Lawrence, desenvolveu uma metodologia de análise do movimento - Effort-Study" (estudo dos esforços). Esta abordagem, apesar de ter sido direcionada primeiramente para a seleção e treinamento de operários, possibilitou uma melhor compreensão da movimentação humana geral.
A partir deste estudo, Laban chegou à formulação de uma minuciosa análise dos elementos de movimentos e suas combinações. Atribuiu o nome de Coreutica ao estudo da organização espacial dos movimentos, e de Eukinética ao estudo dos aspectos qualitativos do movimento (como seu ritmo e dinâmica).
Na busca de uma maior precisão corpórea, Laban se utiliza de figuras geométricas para dar suporte à movimentaçao do ator-dançarino. Ele propõe a escala dimensional, respeitando a relação entre altura, largura e comprimento das figuras geométricas como o cubo, o tetraedro, o octaedro, o icosaedro e o dodecaedro
A partir deste estudo, Laban chegou à formulação de uma minuciosa análise dos elementos de movimentos e suas combinações. Atribuiu o nome de Coreutica ao estudo da organização espacial dos movimentos, e de Eukinética ao estudo dos aspectos qualitativos do movimento (como seu ritmo e dinâmica).
Na busca de uma maior precisão corpórea, Laban se utiliza de figuras geométricas para dar suporte à movimentaçao do ator-dançarino. Ele propõe a escala dimensional, respeitando a relação entre altura, largura e comprimento das figuras geométricas como o cubo, o tetraedro, o octaedro, o icosaedro e o dodecaedro
Bibliografia
Rudolf Laban, também conhecido como Rudolf Von Laban, nasceu em 15 de dezembro de 1879, em Pressburg, Áustria-Hungria, atual Bratislava, Eslováquia. Bailarino e coreógrafo, Laban é considerado o maior teórico da dança do século XX e é conhecido como o pai da dança-teatro.
Dedicou sua vida ao estudo e sistematização linguagem do movimento em seus diversos aspectos: criação, notação, apreciação e educação.
Os pais de Laban eram húngaros. A família de seu pai tinha como origem a França e a de sua mãe a Inglaterra. Seu pai foi um Marechal que serviu como Governador das províncias da Bósnia e Herzegovina.
Laban inicialmente estudou Arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris, interessando-se pela relação entre o movimento humano e o espaço que o circunda. Aos 30 anos mudou-se para Munique e sob a influência seminal do bailarino/coreógrafo Heidi Dzinkowska passou a se dedicar à arte do movimento.
Em 1915 Laban criou o Instituto Coreográfico de Zurique, que teve ramificações na Itália, na França, e na Europa central. Em 1928 publica Kinetographie Laban, uma de suas grandes contribuições para o mundo da dança e da compreensão do movimento. Neste livro articula os princípios da Labanotation um dos principais sistemas de notação de movimento utilizados atualmente.
Suas teorias sobre o movimento e a coreografia estão entre os fundamentos principais da Dança Moderna e fazem parte de todas as abordagens contemporâneas de dança.
Além de seu trabalho criativo e de análise da dança, Laban também se dedicou à realização de propostas de dança para as massas. Desenvolvendo com esta finalidade a arte da dança coral, onde grande número de pessoas se movem juntas segundo uma coreografia de estrutura simples, porem instigante, que permita bailarinos e pessoas leigas dançarem juntas de forma colaborativa.
Este aspecto de seu trabalho se relaciona intimamente com suas crenças espirituais pessoais, baseadas numa combinação da Teosofia Vitoriana, do Sufismo e do Hermetismo popular no final do século XIX. Em 1914 aderiu à Ordo Templi Orientis” e compareceu à sua conferência de 1917, no Monte Verita, em Ascona, onde realizou workshops popularizando suas ideias e seus pensamentos.
De 1930 a 1934 foi diretor da Allied State Theatres em Berlim. Em 1937 foge do nazismo indo para Manchester. Na Inglaterra redirecionou o foco de seu trabalho para a indústria, estudando o tempo e a energia despendida para realizar as tarefas no ambiente de trabalho. Tentou desenvolver métodos que auxiliassem os operários a se concentrar nos movimentos construtivos necessários para a realização de seu trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial publicou os resultados de sua pesquisa no livro Effort (1947). Continuou a ensinar e a realizar pesquisas no país até a sua morte, em 1º de Julho de 1958, na Inglaterra.
Entre seus discípulos destacam-se Mary Wigman e Sophie Taeuber-Arp. Atualmente, coreógrafos como Pina Bausch (falecida em 2009) e William Forsythe, também trabalham na mesma linguagem.
No Brasil Laban é mais conhecido como teórico do movimento e educador. Mais recentemente, seu trabalho vem recebendo um olhar mais aprofundado sob a perspectiva da arte, da criação estética, da linguagem da dança e da comunicação nao-verbal.
A bailarina, coreógrafa e educadora Maria Duschenes foi uma das introdutoras deste método no Brasil, tendo formado gerações de alunos que utilizam a referência de Laban em seus trabalhos de criação e em suas atividades de arte-educação. Em seu trabalho destacam-se as propostas de ensino público de dança e a realização de diversas danças corais, inclusive uma apresentada no Parque do Ibirapuera na Bienal de São Paulo.
A coreógrafa Regina Miranda, primeira Brasileira formada pelo Laban/Bartenieff Institute de NYC (1975) introduziu o Sistema Laban/Bartenieff no Brasil e, desde então, tem se dedicado à difusão de suas teorias através de palestras e workshops e inumeras criações artisticas. Toda uma geração estelar de coreógrafos cariocas, como Paula Nestorov, Paulo Caldas, João Saldanha, Esther Weissman, Lia Rodrigues, Marcia Rubin e Carlinhos de Jesus, estudou e/ou trabalhou com Miranda, que hoje divide residência entre o Rio de Janeiro, onde dirige o Centro Coreográfico, e Nova Iorque, onde é a Diretora Geral do Laban/Bartenieff Institute."
Dedicou sua vida ao estudo e sistematização linguagem do movimento em seus diversos aspectos: criação, notação, apreciação e educação.
Os pais de Laban eram húngaros. A família de seu pai tinha como origem a França e a de sua mãe a Inglaterra. Seu pai foi um Marechal que serviu como Governador das províncias da Bósnia e Herzegovina.
Laban inicialmente estudou Arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris, interessando-se pela relação entre o movimento humano e o espaço que o circunda. Aos 30 anos mudou-se para Munique e sob a influência seminal do bailarino/coreógrafo Heidi Dzinkowska passou a se dedicar à arte do movimento.
Em 1915 Laban criou o Instituto Coreográfico de Zurique, que teve ramificações na Itália, na França, e na Europa central. Em 1928 publica Kinetographie Laban, uma de suas grandes contribuições para o mundo da dança e da compreensão do movimento. Neste livro articula os princípios da Labanotation um dos principais sistemas de notação de movimento utilizados atualmente.
Suas teorias sobre o movimento e a coreografia estão entre os fundamentos principais da Dança Moderna e fazem parte de todas as abordagens contemporâneas de dança.
Além de seu trabalho criativo e de análise da dança, Laban também se dedicou à realização de propostas de dança para as massas. Desenvolvendo com esta finalidade a arte da dança coral, onde grande número de pessoas se movem juntas segundo uma coreografia de estrutura simples, porem instigante, que permita bailarinos e pessoas leigas dançarem juntas de forma colaborativa.
Este aspecto de seu trabalho se relaciona intimamente com suas crenças espirituais pessoais, baseadas numa combinação da Teosofia Vitoriana, do Sufismo e do Hermetismo popular no final do século XIX. Em 1914 aderiu à Ordo Templi Orientis” e compareceu à sua conferência de 1917, no Monte Verita, em Ascona, onde realizou workshops popularizando suas ideias e seus pensamentos.
De 1930 a 1934 foi diretor da Allied State Theatres em Berlim. Em 1937 foge do nazismo indo para Manchester. Na Inglaterra redirecionou o foco de seu trabalho para a indústria, estudando o tempo e a energia despendida para realizar as tarefas no ambiente de trabalho. Tentou desenvolver métodos que auxiliassem os operários a se concentrar nos movimentos construtivos necessários para a realização de seu trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial publicou os resultados de sua pesquisa no livro Effort (1947). Continuou a ensinar e a realizar pesquisas no país até a sua morte, em 1º de Julho de 1958, na Inglaterra.
Entre seus discípulos destacam-se Mary Wigman e Sophie Taeuber-Arp. Atualmente, coreógrafos como Pina Bausch (falecida em 2009) e William Forsythe, também trabalham na mesma linguagem.
No Brasil Laban é mais conhecido como teórico do movimento e educador. Mais recentemente, seu trabalho vem recebendo um olhar mais aprofundado sob a perspectiva da arte, da criação estética, da linguagem da dança e da comunicação nao-verbal.
A bailarina, coreógrafa e educadora Maria Duschenes foi uma das introdutoras deste método no Brasil, tendo formado gerações de alunos que utilizam a referência de Laban em seus trabalhos de criação e em suas atividades de arte-educação. Em seu trabalho destacam-se as propostas de ensino público de dança e a realização de diversas danças corais, inclusive uma apresentada no Parque do Ibirapuera na Bienal de São Paulo.
A coreógrafa Regina Miranda, primeira Brasileira formada pelo Laban/Bartenieff Institute de NYC (1975) introduziu o Sistema Laban/Bartenieff no Brasil e, desde então, tem se dedicado à difusão de suas teorias através de palestras e workshops e inumeras criações artisticas. Toda uma geração estelar de coreógrafos cariocas, como Paula Nestorov, Paulo Caldas, João Saldanha, Esther Weissman, Lia Rodrigues, Marcia Rubin e Carlinhos de Jesus, estudou e/ou trabalhou com Miranda, que hoje divide residência entre o Rio de Janeiro, onde dirige o Centro Coreográfico, e Nova Iorque, onde é a Diretora Geral do Laban/Bartenieff Institute."
Videografia
Arte do Movimento: As Descobertas de Rudolf Laban na Dança e Ação Humana| Solange Arruda | Editora Parma | São Paulo, 1988
Método Laban – Nível Básico| Analívia Cordeiro, Claudia Homburger e Cybele Cavalcante| LabanArt – Laban Centro de Dança e Arte do Movimento do Brasil | São Paulo, 1989
Nota-Anna: A Escrita Eletrônica dos Movimentos do Corpo Baseada no Método Laban (livro e vídeo)| Analívia Cordeiro| Editora Annablume/Fapesp| São Paulo, 1998
O Corpo em Movimento: o Sistema Laban/Bartenieff na Formação e Pesquisa em Artes Cênicas| Ciane Fernandes| Editora Annablume| São Paulo, 2002
Domínio do Movimento| Rudolf Laban| Summus Editorial| São Paulo, 1978
Dança Educativa Moderna| Rudolf Laban| Editora Ícone| São Paulo, 1990
Revisitando a Dança Educativa Moderna de Rudolf Laban| Isabel Marques| ECA/USP| 2002
O Movimento Expressivo| Regina Miranda| Edição Funarte| Rio de Janeiro, 1980
Reflexões sobre Laban, o Mestre do Movimento| Maria Mommensohn e Paulo Petrella| Summus Editorial| São Paulo, 2006
Dicionário Laban| Lenira Rengel| Editora Annablume| São Paulo, 2003
A Movement Perspective of Rudolf Laban| S. Thornton| Macdonald/Evans| London, 1971 (em inglês)
Método Laban – Nível Básico| Analívia Cordeiro, Claudia Homburger e Cybele Cavalcante| LabanArt – Laban Centro de Dança e Arte do Movimento do Brasil | São Paulo, 1989
Nota-Anna: A Escrita Eletrônica dos Movimentos do Corpo Baseada no Método Laban (livro e vídeo)| Analívia Cordeiro| Editora Annablume/Fapesp| São Paulo, 1998
O Corpo em Movimento: o Sistema Laban/Bartenieff na Formação e Pesquisa em Artes Cênicas| Ciane Fernandes| Editora Annablume| São Paulo, 2002
Domínio do Movimento| Rudolf Laban| Summus Editorial| São Paulo, 1978
Dança Educativa Moderna| Rudolf Laban| Editora Ícone| São Paulo, 1990
Revisitando a Dança Educativa Moderna de Rudolf Laban| Isabel Marques| ECA/USP| 2002
O Movimento Expressivo| Regina Miranda| Edição Funarte| Rio de Janeiro, 1980
Reflexões sobre Laban, o Mestre do Movimento| Maria Mommensohn e Paulo Petrella| Summus Editorial| São Paulo, 2006
Dicionário Laban| Lenira Rengel| Editora Annablume| São Paulo, 2003
A Movement Perspective of Rudolf Laban| S. Thornton| Macdonald/Evans| London, 1971 (em inglês)