Dança em Rede

Sonia Mota

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Brasil
  • UF de origem: SP
  • Cidade de origem: São Paulo
  • Atividade: Bailarina
  • Atividade: Coreógrafa
  • Data de nascimento: 16/05/1948

Histórico

Sonia Maria Hahne Mota, mais conhecida como Sonia Mota, nasceu em 16 de maio de 1948, em São Paulo (SP).

Iniciou seus estudos em dança, em 1956, na Escola Municipal de Bailado de São Paulo, tendo como professoras Lia Marques e Aracy Evans.

Em 1963, faz um curso de aperfeiçoamento com Halina Biernacka (1914-2005). Para sustentar seus estudos de balé, dança na televisão em programas da Jovem Guarda e shows de Jô Soares, Elis Regina e Jair Rodrigues. Ê contratada pela TV Record. Recebe o Prêmio Anna Pavlova de Melhor Bailarina Clássica.

Consegue seu primeiro contrato de solista, na companhia de dança Sociedade Ballet de São Paulo, de Halina Biernacka, em 1965. Em 1970, segue para a Europa, incentivada por Marilena Ansaldi com o espetáculo
Réquiem, de Marilena, com música de Mozart (1756-1791). Permanece na Europa para uma temporada de audições e começa a fazer aulas no Nederlands Dans Theater. Faz audição para o The Royal Ballet of Flanders e atua como demi-solista e solista durante quatro anos nesta companhia, na Antuérpia (Bélgica).

Em 1974, é convidada para voltar ao Brasil por Antonio Carlos Cardoso para o Corpo de Baile Municipal (CBM), atual Balé da Cidade de São Paulo. Inicia seus estudos nos Estados Unidos, na companhia de dança de Louis Falco (1942-1993).

Convidada por Marilena Ansaldi começa a dar aulas no Teatro de Dança Galpão, em São Paulo, em 1976, e cria a coreografia Sexteto para Dez, com música de Brahms (1833-1897). Recebe o Prêmio de Melhor Bailarina do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio Governador do Estado.

Ingressa no Cisne Negro Companhia de Dança como professora, em 1979. No ano seguinte, nasce sua filha, Julia Mota Carvalho, do seu casamento com o dramaturgo Marco Antonio de Carvalho. Em 1981, é convidada por Clarisse Abujamra para dar aulas no Teatro Brasileiro de Dança (TBD).

Participa do Festival de Viena, com Ismael Ivo, em 1985 e também é convidada para dar aulas na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal.

Em 1994, cria o grupo Dance 4 Teens, que existe até 1997, motivada pela filha adolescente. O grupo faz turnê pela Polônia e pela Bélgica, com bastante sucesso.
No Festival Hautnah, em 2005, dança Vi-Vidas.

A fundação SK Stiftung Kultur, em Colônia, na Alemanha, o considera um dos cinco melhores espetáculos do ano. Em 2007, estreia a segunda parte de Vi-Vidas: QuaaDriDuuo, com Ricardo Viviani. No ano seguinte, faz turnê pelo Brasil com o mesmo espetáculo. Ganha o 5° Prêmio Bravo! na categoria Dança pelo melhor espetáculo.
Inaugura uma exposição intitulada In Company with Sônia Mota, no Teatro Brotfabrik, em 2009, feita de seu material fotográfico, por Antje Lenz e Michael Rogulla. Tem o projeto Vagar e Navegar contemplado com o Prêmio Klauss Vianna da Funarte. Ministra oficina na Universidade Federal de Viçosa sobre a Arte da Presença, método próprio de ensino que aplica há décadas.

Em 2010, torna-se diretora artística da Cia. de Dança Palácio das Artes.

Em 2010 a São Paulo Companhia de Dança dedica um documentário da série Figuras da Dança à ela. A direção foi de Inês Bogéa Marcela Benvegnu está disponível para download aqui: http://www.saopaulocompanhiadedanca.art.br/folhetos_figuras_da_danca.php"

Trabalhos

1965 Dança Rainha Maria Stuart

1970 No Nederlands Dans Theater dança Miss Julie, no papel de Kristin, coreografia de Birgit Cullberg (1908-1999).

1971 No The Royal Ballet of Flandres dança Branderburg Drie, de Charles Czarny; Carmen, de Ana Maria Ugalde; Gravin Maritza, de Christian Foye e Nephenta, de Alexander Roy.

1972 Dança no The Royal Ballet of Flandres as coreografias Danças Sacras e Profanas, de Victor Navarro, De Czardasvorstin, de Frances Gionny, e Divertimento, de André Leclair.

1973 No The Royal Ballet of Flandres dança Lenteparade, de Victor Navarro, Vijf Evoluties, de André Leclair; Oklahoma, de Agnes de Mille.

1974 Dança Roesalka, de André Leclair, pelo The Royal Ballet of Flandres.

1975 Ê solista de Danças Sacras e Profanas, de Victor Navarro, para o Corpo de Baile Municipal.

1976 Dança pelo Corpo de Baile Municipal Apocalipsis e Corações Futuristas, de Victor Navarro, Canções e Mulheres, de Oscar Araiz.

1977 Pelo Teatro de Dança dirige Campo Aberto, espetáculo que é criado coletivamente. Dança Camila, de Luis Arrieta, Nosso Tempo, de Antonio Carlos Cardoso, Prelúdios de Chopin, de Oscar Araiz, e O Galo de Ouro, remontado por Tatiana Leskova, todas pelo Corpo de Baile Municipal. Cria Agora, Therpsicore para o Grupo Andança.

1978 Cria Mana e A Dança e o Jazz para o Grupo Andança e Urbana Rural Suburbana (Da Munguenga) para o Corpo de Baile Municipal.

1979 Para o Grupo Andança cria Baião, Bicho e Espera; Três Ensaios (e o resto) para a XV Bienal de São Paulo e Cartas Portuguesas, no Teatro de Dança, com Juliana Carneiro da Cunha. Remonta para a companhia Sexteto para Dez e coreografa Gente.

1980 Dança com Susana Yamauchi e Mara Borba, Certas Mulheres, de Mara Borba.

1981 Remonta a coreografia Quem Sabe um Dia... para a Cisne Negro e cria, com João Maurício e Susana Yamauchi, Kiuanka.

1982 Dança, no Balé da Cidade de São Paulo (BCSP), Bolero, coreografia de Lia Robatto, cujo solo feminino foi criado para ela. Cria, para a Cisne Negro, Iribiri. Dirige, coreografa e dança o espetáculo Jardim das Cerejeiras.

1983 Participa da criação de Dama das Camélias: um Delírio Romântico, concebida e dirigida por José Possi Neto para o BCSP. Coreografa Tronodocrono, espetáculo teatral infantil, de José Rubens Siqueira e Gabriela Rabelo. Coreografa para o musical Band-Age, de autoria de Miguel Paiva e Zé Rodrix.

1984 Dança Absurdos ou os Doze Trabalhos de Flérsules, de Susana Yamauchi, no Balé da Cidade de São Paulo.

1985 Cria Fuga, Quasi Libera e Busca Opus 39. Dança Cantares, originalmente de Oscar Araiz e remontada por Iracity Cardoso, e coreografa No Ar, ambas no repertório do Balé da Cidade de São Paulo.

1987 Coreografa Tudo Bem Meu Bem para a Cia. de Dança do Palácio das Artes, de Belo Horizonte, e, para o Tanz Art, em Colônia, Alemanha, cria Parlami di Me.

1988 Coreografa Café Picture, para o Tanzprojekte Köln, Alemanha.

1990 Dança Brücke Über die Zeit, de James Saunders, em Colônia.

1991 Em Colônia, dança Colchões Ortopédicos, de Ricardo Viviani, um de seus parceiros na dança desde 1982.

1992 Cria a performance solo chamada Brasil, Memória da Pele, que é apresentada em Colônia. Cria, para o grupo Dance 4 Teens Irgendwas, Psciopelicox. Dança Assim como um Grampo Segura os Cabelos, coreografia de Rodolfo Leoni, em Colônia.

1995 Dança Certas Mulheres, de Mara Borba, em Colônia, e cria para o Dance 4 Teens Carmen e Steppe, com apresentações em Colônia, Bonn e Krakau.

1996 Dança Medea com Ismael Ivo no Deutsches Nationaltheater Weimar. Sai em turnê com o grupo Dance 4 Teens para Bremen com a coreografia Stepe.

1999 Faz apresentação, com a soxofonista Maria Bragança e o pianistaTadeu Duarte, do espetáculo Out of the Cool, em Colônia, Bonn e Düsseldorf. Também apresenta Raw, de Paulo Chagas, com direção de Gerald Thomas em Bonn.

2004 Idealiza a trilogia Vi-Vidas e estreia sua primeira parte, Muçul-Humana, no Festival Hautnah, em Colônia.

2009 Participa do encontro de dança Sem Alaúdes nem Trombetas, em São Paulo, com Busca Opus 61 e dança Serenata do Adeus, de Arnaldo Alvarenga. Ê convidada para coreografar 22 Segredos, da Cia. de Dança Palácio das Artes.

2010 Apresenta, no Teatro Mars, a coreografia Divagar. Cria Segredos Masculinos e Segredos Femininos para Cia. de Dança do Palácio das Artes.

Bibliografia

Documentário Sônia Mota - Figuras da Dança | Direção Inês Bogéa e Moira Toledo | São Paulo Companhia de Dança, SP, 2010

Videografia

http://www.youtube.com/watch?v=xbbo5tFfWBs

http://www.youtube.com/watch?v=XHzLPxgVrfE

http://www.youtube.com/watch?v=kSV1asHaQrs



Links

http://soniamotadancas.com/

(Pesquisa SPCD)


" 8