Ingressos – Temporada 2025

“Eu sou composta por urgências: minhas alegrias são profundas; minhas tristezas, torrenciais”.

Adélia Prado – Poema Composição

A Temporada 2025 – Todos os Mundos em Nós – da São Paulo Companhia de Dança está nascendo. Com apresentações no Teatro Sérgio Cardoso, sempre às quintas, sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 16h.

Programação Temporada 2025

19 a 22 de junho

“O encontro das essências”

 

O Lago dos Cisnes – II Ato

por Mario Galizzi, a partir de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901)

 

Cada Olhar

de Henrique Rodovalho

 

Be Yourself

de Michael Bugdahn e Denise Namura

26 a 29 de junho

“Reflexões sobre Identidade e Sustentabilidade”

 

Autorretrato

de Leilane Teles

 

dos SANTOS

de Alex Soares

 

A Vingança do Flamingo

de Carlos Pons Guerra

3 a 6 de julho

“O Encantamento e a Reconexão”

 

Les Sylphides (Chopiniana)

por Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhail Fokine (1880-1942)

 

Casa Flutuante

de Beatriz Hack

 

Ataraxia

de George Céspedes

Todos os Mundos em Nós

Somos compostos por urgências, como Adélia Prado nos diz. Nossas alegrias profundas e tristezas torrenciais nos levam a explorar quem somos e o que carregamos dentro de nós. Nesta temporada, cada semana é parte do mosaico que revela a intensidade da existência humana — um convite a olharmos para dentro e encontrarmos os mundos que habitam em nós. 

A poesia de Adélia Prado inspira esta Temporada ao celebrar a intensidade do ser humano, suas pluralidades e o equilíbrio entre profundidade emocional e criatividade. A cada semana, “os mundos” que nos compõem se desdobram no palco, revelando as urgências da existência e a autenticidade de cada expressão artística.

Na primeira semana, somos como o encontro entre a noite e o dia, entre o príncipe e o cisne, entre o olhar que vê e aquele que é visto. Cada Olhar reflete nossa necessidade de sermos vistos em nossa singularidade, enquanto a provocação de Seja você mesmo ressoa como uma verdade simples e universal: só existe um de nós no vasto mundo.

A segunda semana aprofunda as raízes e amplia as urgências. Somos feitos de memórias ancestrais, de passos de dança que reconstroem histórias e de um desejo de transformar o que já existe. Em Autorretrato, o Brasil ganha vida nos gestos que ressoam livremente obras de Candido Portinari (1903-1962), enquanto dos SANTOS revisita o passado para iluminar o presente. E com Carlos Pons Guerra, a reciclagem se torna poesia: cada gesto é um renascimento, cada movimento uma metáfora para a sobrevivência e a esperança.

Na terceira semana, mergulhamos na poesia do intangível. Les Sylphides (Chopiniana) nos leva a flutuar com sonhos de eras passadas, enquanto Casa Flutuante questiona o que significa ter um lugar para chamar de lar — talvez o lar esteja dentro de nós, em nossas urgências e profundidades. Finalmente, com George Céspedes, os desenhos geométricos no palco nos lembram que a vida, apesar de sua precisão, é sempre torrencial em emoção.

Adélia nos ensinou: administrar o provisório é o que fazemos. E nesta temporada, dançamos entre o transitório e o eterno, revelando que todos os mundos do mundo já vivem em nós.

Além das apresentações no Teatro Sérgio Cardoso, esta temporada se expande para outros palcos de grande relevância, levando a dança a novas dimensões e experiências únicas. No Theatro São Pedro, dançaremos a vibrante Suíte de O Sonho de Dom Quixote, de Márcia Haydée, acompanhados pela orquestra do teatro. Nesta obra, a energia e o lirismo da coreografia se encontram com a música ao vivo, criando uma celebração inesquecível de movimento e som.

Na Sala São Paulo, a parceria com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) enriquece a temporada com duas obras marcantes. O público será transportado pela magia do II Ato de O Lago dos Cisnes, que exalta a beleza da dança clássica, e pela estreia de Caixa de Brinquedos, uma delicada e poética criação de Lili de Grammont, com trilha de Claude Debussy (1862-1918).

Em cada um desses espaços, continuamos a explorar “Todos os Mundos em Nós”, levando ao público a diversidade e a excelência da dança em diálogo com a música ao vivo, reafirmando nosso compromisso com a arte em sua forma mais plural e emocionante.

Inês Bogéa
Diretora Artística e Educacional
São Paulo Companhia de Dança | Associação Pró-Dança