A dança nos trópicos e a São Paulo Companhia de Dança
[…] Acreditamos poder comparar esse grupo [SPCD], igualmente à vontade no clássico e no moderno, aos bailarinos de Nanette Glushak no Capitole de Toulouse. A mesma tecnicidade, a mesma agilidade e elegância, o mesmo espírito de equipe. Em São Paulo, tive a oportunidade de assistir a uma sessão de trabalho sobre um balé contemporâneo, e sobressaía a facilidade de cada um para encontrar a expressão justa, exata, e executar movimentos emaranhados com estilo puro, preciso e vigoroso – Terpsícore, a musa da dança, velava ali!
Podemos então concluir: vale a pena ver todas as experiências da dança contemporânea, mas acreditamos que, no Brasil como em todo lugar, é ótimo que existam tais companhias, constituindo proteção contra os exageros por serem capazes de trazê-los de volta à medida certa. Elas são conservatórios que asseguram à novidade seu melhor embasamento, dando-lhe a possibilidade de, um dia, tornar-se clássica.