Dança em Rede

A Carne Não é Fraca

  • Categoria: Coreografias
  • País de origem: Brasil
  • Cidade de origem: Fortaleza
  • Ano de criação: 2010
  • Grupos de estreia: Andréa Sales
  • Autores: Andréa Sales e Carlos Antônio dos Santos

Histórico

Andréa Sales é intérprete-criadora e faixa roxa de Karate-do. Por sete anos, foi membro da Cia da Arte Andanças. Estudou no Colégio de Dança do Ceará em 2000 e 2001. Desenvolve projetos com interesse na aproximação entre as linguagens de dança e vídeo. Participou de workshops e residências com Armando Menicacci, Carlotta Ikeda, Luís Mendonça, Lume, Marcelo Evelin, Rachid Ouramdane e Rob List. Principais trabalhos: A Carne Não é Fraca (videodança, 2010), Casa (2011), Varal (2009), Silêncio da Intimidade (2005), 17 Pontos II (2005), 17 Pontos I (2004) e Impressões (2001). Carlos Antônio dos Santos é diretor, ator e bailarino do Grupo N∞, desde 2003. Iniciou estudos na Escola de Dança Núcleo Artístico, direção de Marjore Quest em Belo Horizonte (MG), de 1982 a 1988. Até 2002, foi intérprete solista de importantes companhias: Palácio das Artes, Cia. Cisne Negro, República da Dança e Balé Teatro Castro Alves.

Sinopse

Como o corpo se “comporta” em situações desconfortáveis? Como evocar este corpo por meio do vídeo? A Carne Não Ê Fraca, nova criação da coreógrafa e intérprete Andréa Sales, experimenta o corpo nas baixas temperaturas de uma câmara frigorífica, o co-habitar com o odor da carne-morta e a sensação de estar em um ambiente fechado. A obra é um videodança que se aproxima de modo de organização documental, tecendo outras experiências de espaço e tempo, expressando uma corporeidade do e no frio frigorífico.

Neste videodança, contemplado com o Prêmio Klauss Vianna de Dança 2009 (Funarte/MinC), Andréa Sales desempenha a função de diretora, ao mesmo tempo que atua como intérprete junto com o convidado Carlos Antônio dos Santos, diretor e coreógrafo do grupo cearense N Infinito. Além de contar com a colaboração da artista-pesquisadora Angela Souza que atuou como interlocutora no processo investigativo e na elaboração da dramaturgia.

Num movimento entre estéticas, o videodança propõe-se evocar corporeidades dançantes e criar conexões com a corporeidade do espectador. A carne não é fraca parte desse pressuposto e se configura segundo a lógica do documentário, no entanto, é com a dança, seus procedimentos e questões, que as imagens vão tecendo sua dramaturgia.

Com este corpo em estado de experiência, frio, espaço, tensão, contenção, comunhão…enfim, com esse acontecimento habitado de contingências, a coreógrafa-diretora apresenta um videodança sem “dramáticos efeitos”, no qual consegue se aproximar do experimento proposto provocando outras sensorialidades. E assim, revelam-se acontecimentos, sensações e sentidos.

FICHA TÊCNICA:
Direção: Andréa Sales
Intérpretes-criadores – Andréa Sales e Carlos Antônio dos Santos
Colaboração e dramaturgia – Angela Souza
Fotografia – Eudes Freitas
Assistência de câmera – Alex Fedox e Vitor de Melo
Som direto – Carlos Rocco
Edição – Marco Rudolf
Produção – Sabina Colares
Assistência de produção – Ana Estela Soares
Transporte – Giordani Neves

Verbete editado por:

Atualizado (MARÇO 2021)