Dança em Rede

Dennis Gray nasceu em Araçatuba, São Paulo, em 20 de junho de 1928. Iniciou seus estudos em dança logo que se mudou para a Capital, em 1944, com Maria Olenewa. Nos primeiros cinco meses, foi indicado por Olenewa para ser figurante no balé Paganini, com a Companhia do Colonel de Basil, que estava fazendo uma temporada no Theatro Municipal de São Paulo. Foi para o Rio de Janeiro, em 1945, e se matriculou na Escola do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Três meses depois, dançou um dos faunos na Bacanal da ópera Tannhäuser de Wagner e um dos marinheiros do balé A Papoula Vermelha, com música de Gliè re. Em 1946, integrou o Balé da Juventude, criado por Igor Schwezov. Fez teatro com a companhia de Dulcina de Morais. Entre 1948 e 1949, fez parte do Balé Society, fundado e dirigido por Tatiana Leskova, onde dançou várias obras, como Variações Sinfônicas, Masquerade, Bodas de Aurora e assinalou sua estreia em Coppélia, no papel do artesão fantasista que haveria de torná-lo conhecido e admirado. Em 1949, foi nomeado o primeiro bailarino do Balé Municipal. Deu aulas na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Colaborou com as mestras Eugenia Feodorova e Slava Goulenko, em suas respectivas academias, e fez o mesmo nas de Johnny Franklyn e de Dalal Achcar. Foi homenageado com diversos prêmios, como Medalha Carlos Gomes (1965), Trofeu Nijinsky (1968), Medalha de Melhor Coreógrafo Brasileiro (1979), prêmio Golfinho de Ouro (1985), dentre outros. Coreografou para diversas óperas, como Aida, Don Giovanni, O Guarani, La Traviata, Orfeu, dentre outros. Em 1974, foi convidado para fundar e dirigir a Escola de Dança Clássica e Moderna do Serviço Social da Indústria (Sesi) para filhos de operários. O projeto durou até 1978. Neste ano, também foi demitido do Theatro Municipal, conseguindo seu emprego de volta devido a uma carta enviada à diretoria pela a ex-primeira dama, Lucy Geisel. Faleceu em 2005.

Chefe guerreiro nas Danças Polovitsianas da Ópera O Príncipe Igor
Drosselmeyer em O Quebra Nozes
Sancho Pança em Dom Quixote
Doutor Coppelius em Coppélia
Como coreógrafo criou:
1954 Galope Moderno
1955 Eterno Triângulo
1956 O Cisne de Tuonela
1957 Tragédia Dançante
1959 O Compositor
1964 O Pacto
1968 Vitória Régia
1970 Criaturas de Prometeu e Carnavália
1972 Sonata de Outono
1980 Sarau de Sinhá
1983 Promenade
1990 Homenagem a Tchaikowsky
1991 Mozartiana

Dennis Gray – Eterno em Cena | Série Memória| Maribel Portinari | Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, 2001

Vídeo em Homenagem ao grande artista Dennis Gray, o eterno Doutor Coppélius, que com sua versatilidade e amor à dança ajudou a construir a história do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a formar uma geração de bailarinos na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.

http://www.youtube.com/watch?v=zijzZaqDiAc

Narração: Áurea Hammerli
Fotos: Theatro Municipal do Rio de Janeiro- CEDOC FTMRJ Gean-Jaques Limbourg
Roteiro e Texto: Beth Oliosi e Paulo Melgaço
Direção: Beth Oliosi
Realização: Camera 2
Acervo: Biblioteca da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa
Divulgação: Liana Vasconcelos
Apoio Financeiro: Associação de Amigos do Theatro Municipal”””

(Pesquisa SPCD) 19

Atualizado (MAIO 2020)