Dança em Rede

THE GREEN TABLE

  • Categoria: Coreografias
  • País de origem: França
  • Ano de criação: 1932

Histórico

A obra “The Green Table”, do coreógrafo Kurt Jooss, teve sua estreia em Paris no ano de 1932. Considerado como “Balé sócio crítico”, o espetáculo trata de uma metáfora da futilidade dos diplomatas e das terríveis causas que a guerra traz para uma sociedade.

Jooss trabalhou e estudou com Rudolf Laban, responsável por pesquisar a regularidade fisiológica e psicológica do movimento humano. Além disso, “The Green Table” foi o primeiro espetáculo a ser pensado totalmente no sistema de anotação “Labanotation” trazido por Laban.

O espetáculo divide-se em 8 momentos: os diplomatas, a morte, a separação dos entes queridos, a própria guerra, a solidão e miséria, o vazio emocional e o entretenimento, os sobreviventes e feridos psicologicamente e a finalização, que se apresenta da mesma forma que começa, pois independente dos estragos da guerra, os diplomatas continuam suas negociações fúteis.

Os momentos são costurados pela figura da morte e sua “Dança Macabra”, no qual Jooss se inspirou em 1931 através dos quadros da “Danse Macabries” da cidade de Lübeck do Norte da Alemanha. A morte com movimentos fortes, soberanos e marciais, aparece como a personagem que dá a última palavra, que adverte o homem e sai triunfante, sendo muito clara a ambiguidade de toda a trama onde há miséria, medo e tristeza em relação aos diplomatas, que inclusive tem como referência de concepção o Tango. Nas palavras de Jooss, “o Tango oferece a elegância e uma espécie de tensão emocional crescente que, sempre, depois volta a diminuir. O espetáculo foi premiado mundialmente e consagrado como referência em sua linguagem de Dança Teatro.

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Conteúdo produzido originalmente para o Instagram da Edasp

Verbete editado por:

Gabriel Bueno | Escola de Dança de São Paulo - Atualizado (JUNHO 2022)
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