Rostos à Deriva
Segmento: Coreografias
Cidade: São Paulo
Estado: São Paulo
País: Brasil
Conteúdo: Rostos à Deriva (2025)
São Paulo Companhia de Dança
Direção Artística: Inês Bogéa
Codireção: Milton Coatti
Coreografia: Christine Ceconello
Assistente de coreografia: Irupé Sarmiento
Músicas: Nieve Pertinentes 1, Thomas Köner; Umgewissheit im Sinus, Alva Noto; O Matador, Sepultura, trilha de Lisbela e o Prisioneiro, Compositores: João Falcão & André Moraes
Figurino: Cássio Brasil
Iluminação: Mirella Brandi
Inspirada na teoria da identidade líquida de Zygmunt Bauman, esta criação, para Christine, reflete sobre os efeitos da hiperconectividade, do controle algorítmico e da fragmentação do sujeito na contemporaneidade. Em Rostos à Deriva, os bailarinos representam um sistema automatizado de corpos que se movem como um organismo coletivo, por vezes mecânico e repetitivo. Um intérprete central vivencia uma jornada física em que seus movimentos são constantemente redirecionados por um “quebra-cabeça coreográfico” construído ao seu redor. Ele acredita estar fazendo escolhas autônomas, mas, sutilmente, é conduzido pelo grupo. Sua individualidade vai se diluindo, até que outro corpo desperta e rompe com a lógica automatizada, reabrindo a possibilidade de reconexão com o humano. A obra propõe um campo coreográfico fluido, instável e controlado, onde identidade e liberdade são tensionadas pela presença invisível dos algoritmos.
Data: 10 de novembro de 2025