Histórico
A Companhia da Arte Andanças foi criada em 1991, pela coreógrafa cearense Andréa Bardawil, e trilhou os mesmos passos de quase todos os grupos independentes do Ceará e do Brasil: iniciou em uma sala de academia; investiu em pesquisa de linguagem, realizando um trabalho próprio e cada vez mais independente; itinerou por várias salas e espaços, permutando serviços, a fim de conseguir um local para ensaios até que, em 1994, investiu, pela primeira vez, numa sede própria ao abrir a Escola da Arte Andanças. Ali, os integrantes da Cia se revezaram nas aulas e cursos no espaço que funcionou até 1996.
Esta itinerância foi suspensa em 1999, quando a companhia passa a sediar-se no Alpendre - Casa de Arte, Pesquisa e Produção, dividindo o espaço e inquietações com outros artistas contemporâneos. O trabalho já realizado pela Cia (aulas, grupo de estudo e projetos de formação de platéia para a dança), foi a base para a implementação do Núcleo de Dança do Alpendre, que passa a reunir, além dos bailarinos do grupo, pesquisadores de diversas áreas, com interesse em pesquisas na área da dança.
Em parceria com o núcleo de produção audiovisual do Alpendre, coordenado por Alexandre Veras, surge a experimentação de uma nova estética: o vídeo-dança. Ao todo, da colaboração sistemática entre videomakers e coreógrafos, o Alpendre soma mais de 20 produções.
Em 2005, foi lançado o projeto Interferência:San Pedro, pesquisa que une as linguagens da Dança, da Literatura e do Vídeo. Ele resultou na produção de mais um vídeo-dança (San Pedro), de um vídeo documentário (Um navio à deriva) e na primeira publicação do Núcleo, a revista Interferência: San Pedro.
Em 18 anos de trabalho, a Cia da Arte Andanças ganhou vários prêmios e editais, tais como a Bolsa Vitae de Artes (Andréa Bardawil/2000), o prêmio Klauss Vianna (Funarte), o Edital de Incentivo às Artes (Secretaria da Cultura do Ceará) e o Edital das Artes (Secretaria de Cultura de Fortaleza).