Dança em Rede

Juan Giuliano

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Argentina
  • Atividade: Coreógrafo
  • Atividade: Diretor
  • Atividade: Maître de Ballet
  • Data de nascimento: 26/12/1935

Histórico

Juan Giuliano nasceu em Córdoba, na Argentina, onde começou os estudos de dança, em 1947, com o professor Francisco Gago, aos 12 anos de idade. Em 1948, entrou para a Escola de Ballet do Teatro Colón, em Buenos Aires, e lá estudou com Gema Castillo, Esmée Bulnes, Aída Mastrazzi e Jorge Tomin. Nesse mesmo ano, chegou a participar em balés coreografados pelo húngaro Aurel Milloss, que, tempo depois, se tornaria seu chefe no Balé do IV Centenário, em São Paulo.

Nos anos seguintes, Giuliano passou a trabalhar com Tatiana Gsowsky e dançou balés do repertório clássico. Em 1950, participou de uma montagem de Serge Lifar, no período em que o coreógrafo esteve em Buenos Aires.

Em 1951, Juan Giuliano deixou Buenos Aires e rumou para Montevidéu, no Uruguai, onde estudou com Victoria Tomina. Pouco depois, com apenas 15 anos, foi admitido no Corpo de Baile do Teatro de Sodre, onde trabalhou sob a direção de Tamara Grigorieva. A partir de então sua carreira decolou.

Em 1952, ele abandonou a companhia para integrar como primeiro-bailarino o Ballet de Gala Chabelska, com o qual percorreu quase todo o interior do Uruguai. Dois anos depois, figurava entre os destaques do Balé do IV Centenário, em São Paulo, onde interpretou papéis em Petrouchka", "Caprichos", "A Dama das Camélias", "Ilha Eterna", "Uirapuru" e "Deliciae Populi".

Chegou a integrar o Ballet do Museu de Arte de São Paulo, em 1955, mas logo o destino o presentearia com uma carreira internacional. Em 1956, ele conheceu Rosella Highthower, que o apresentou ao Marquês de Cuevas, dono de uma das principais companhias da época, o Grande Ballet do Marquês de Cuevas. O encontro rendeu um contrato para Giuliano, que foi enfim parar na Europa. Em 1957, ele viajou aos Estados Unidos para atuar como partner de Jeanine Charrat. Nos anos seguintes, cumpriu como bailarino convidado uma extensa agenda que o fez viajar pelo mundo todo.

Em 1963, Georges Auric, então diretor do Théâtres National de la'Opéra Comique, o convidou para se tornar étoile da instituição, o que o transformou no primeiro bailarino sul-americano a alcançar o posto. Sua interpretação no balé “Ícaro”, em 1965, rendeu-lhe o Prêmio Nijinsky, recebido das mãos de Serge Lifar.

Em 1964, Giuliano criou sua primeira companhia de dança em Paris. Entre 1973 e 1983, ele participou como diretor da reestruturação do Ballet Nacional da Venezuela , do Ballet du Théâtre des Arts de Rouen (França), do Ballet Royal de Wallonie (Bélgica) e do Ballet du Théâtre du Capitole de Toulouse (França).

Durante esse período, encenou balés como “La Dame Blanche”, “Les Pêcheurs de Perles”, “Carmen”, “Falstaff”, “Sansão e Dalila”, “Ainda”, “Rigoletto” e “Fausto”, além de operetas e outras obras que misturavam música, canto e dança.

Em 2004, Giuliano foi condecorado pelo governo francês como Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras. Dois anos depois, fundou o Ballet Théâtre de Wallonie, do qual se tornou diretor artístico, posto que ocupa até hoje."

Links

Site oficial de Juan Giuliano

(por Amanda Queirós | Pesquisa SPCD) " 665