Dança em Rede
Dança Hoje (2020)
- Categoria: Outros
- País de origem: Brasil
- UF de origem: SP
- Cidade de origem: São Paulo
- Ano de criação: 2020
Histórico
Cena de | CON | TATO |, que integra o Dança Hoje 2020 / Crédito: Wilian Aguiar
Concebida por Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança, a edição de 2020 de Dança Hoje é uma obra audiovisual que reúne obras originais criadas por coreógrafos convidados e bailarinos da SPCD a partir do fino entrosamento entre dança e música dentro das possibilidades impostas pelo distanciamento social imposto pelo contexto atual. O projeto explora diferentes espaços do Teatro Sérgio Cardoso – palco, plateia, fosso e elevadores – e é conduzido por composições especialmente criadas para o projeto ou melodias executadas ao vivo por instrumentistas do Percorso Ensemble, com direção musical de Ricardo Bologna. A direção de vídeo é de Rubens Crispim Jr e a iluminação é de Nicolas Marchi. O trabalho foi lançado dentro da série “40 anos Teatro Sérgio Cardoso”.
Dança Hoje 2020 é composta pelas seguintes coreografias: Sociedade das Mulheres, de Luan Barcelos; Sonatina, de Ammanda Rosa; Dualidade, de Monica Proença e Jonathan dos Santos; Brumas, de Matheus Queiroz; Linha de Frente, de Yuri Ruppini; Objeto do Meu Próprio Desejo, de Esdras Hernández Villar; | CON | TATO |, de Letícia Forattini; Ikigai, de Renata Peraso.
Ficha técnica das obras que compõe o Dança Hoje 2020
Sociedade das Mulheres
Coreografia: Luan Barcelos
Música: Noturno nº 20 em Dó Sustenido Menor, Op. Posth, de Frédéric Chopin (1810 - 1849), interpretado por Amanda Martins (violino) e Horácio Gouveia (piano)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Raquel Davidowicz - UMA e Edmeia Evaristo
Bailarinos: Ana Roberta Teixeira, Ana Silva e Cecília Valadares
O trabalho é inspirado pela força das mulheres nos dias atuais, com suas fragilidades e intensidades, enfatizando a importância delas para a família e a sociedade e também a evolução e a independência por elas alcançadas.
Sonatina
Coreografia: Ammanda Rosa
Música: Sonatina em Lá Menor, Op. 137 Nº 2 D 385, de Franz Schubert, interpretado por Amanda Martins (violino) e Horácio Gouveia (piano)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo SPCD
Bailarinos: João Gabriel Inocêncio e Leonardo Pedro
Sonatina é uma obra pensada para dois jovens bailarinos com o intuito de mostrar o frescor e a energia que a juventude tem. Os movimentos são baseados na brincadeira existente na música entre violino e piano, buscando integrar os corpos dos bailarinos a esses instrumentos.
Dualidade
Coreografia: Mônica Proença e Jonathan dos Santos
Música: Lingering Darkness, de Logan Jones, executada por Adriana Holtz (violoncelo)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Yuk Dancewear
Bailarinas: Letícia Forattini e Luiza Yuk
Dois coreógrafos, duas intérpretes, duas linguagens dentro de uma mesma dança. A obra conecta artistas presentes em três diferentes países – Alemanha, Canadá e Brasil –, em um diálogo entre as linguagens da dança clássica e contemporânea.
Brumas
Coreografia e música: Matheus Queiroz
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Bailarino: Matheus Queiroz
A coreografia explora o movimento como uma resposta às incertezas despertadas pela pandemia e busca evidenciar que, mesmo em meio às adaptações feitas por cada um para enfrentar esta condição, sempre há formas de encontrar um caminho para atravessar o nevoeiro.
Linha de Frente
Coreografia: Yuri Ruppini
Música: João de Nada e Clocks & Clouds
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Edmeia Evaristo
Bailarina: Michelle Molina
Sob a ótica do teatro épico de Bertolt Brecht (1898-1956) e da teoria crítica de Walter Benjamin (1892-1940), a obra traça um paralelo entre conflitos pessoais e universais e coloca a bailarina para explorar tensões anárquicas no corpo em busca de sua plena libertação.
Objeto do Meu Próprio Desejo
Coreografia e música: Esdras Hernández Villar
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Edmeia Evaristo
Bailarino: Daniel Reca
A obra é um convite a um mergulho no pensamento de um dos maiores bailarinos e coreógrafos do século XX, o russo Vaslav Nijinsky (1889-1950), a partir de releituras das criações desse artista, confinado após um diagnóstico de esquizofrenia. Os fantasmas de seu passado artístico vêm visitá-lo uma última vez para lembrá-lo de quem ele foi e avisá-lo quem ele será na história.
| CON | TATO |
Coreografia: Letícia Forattini
Música: Solitude, de Matheus Queiroz (violão)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Concepção e dramaturgia: Letícia Forattini e Bastian Thurner
Intérpretes: Matheus Queiroz, Nielson Souza, Renata Peraso e Rodolfo Dias Paes
Quatro artistas ocupam diferentes pontos de um teatro vazio. Diversas sensações permeiam a relação entre eles no espaço e tempo. Seria a conexão que os une fruto de memórias, sonhos ou desejos? A obra é permeada por trechos de Cartas 1793 - 1811, do poeta alemão Heinrich von Kleist (1777-1811).
Ikigai
Coreografia: Renata Peraso
Música: Hisato Tanaka (2020)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Bailarino: Yoshi Suzuki
Ikigai (生き甲斐) é uma palavra de origem japonesa que significa "razão de viver", "objeto de prazer para viver" ou "força motriz para viver". De acordo com a tradição nipônica, todos têm um ikigai. A partir disso, coreógrafa e bailarino refletem sobre a motivação e as dificuldades da vida e como a busca pela própria essência pode ser boa e, muitas vezes, perturbadora.
Verbete editado por:
Atualizado (FEVEREIRO 2022)