Dança em Rede

La Sylphide

  • Categoria: Coreografias
  • País de origem: França
  • Cidade de origem: Paris
  • Ano de criação: 1832
  • Duração: 100
  • Grupos de estreia: Ballet da Ópera de Paris
  • Autores: Filipo Taglioni
  • Remontagens: Royal Danish
    Ballet Bolshoi
    Companhia Nacional de Bailado

Histórico

Em 1832, Filipo Taglioni (italiano, estreou ainda criança em Pisa, em Paris foi aluno de Coulon, dançou para a Ópera, foi professor e bailarino em Estolcolmo, Viena, Munique, Milão, Turin, Stuttgard, Berlin, São Petesburgo e Varsóvia. Seus principais trabalhos foram feitos para a Ópera de Paris, onde iniciou a Escola Romântica na dança e foi o principal professor de sua filha, Marie Taglioni, maior bailarina da Era Romântica) coreografou La Sylphide, com o papel principal sendo interpretado por sua filha, Marie Taglioni. Em 1836, August Bournonville quis produzir na Dinamarca uma remontagem desse ballet, porém, o preço cobrado pela Ópera de Pais pela trilha sonora original de Jean-Madeleine Schneitzhoeffer era alto demais para a companhia dinamarquesa, que preferiu fazer sua nova versão, a partir da trilha composta por Herman Severin Løvenskiold. A coreografia original de Taglioni foi perdida historicamente, pois o ballet ficou pouquíssimo tempo no repertório da Ópera de Paris. Porém, a versão de Bournonville nunca saiu do repertório do Royal Danish, sendo possivelmente a coreografia mais antiga mantida em repertório desde a estreia. La Sylphide definiu o estilo de Bournonville e o estilo nacional dinamarquês, marcado pela forte caracterização, pelos alegros vivos e pela técnica exuberante. Filho de um coreógrafo francês estabelecido na Dinamarca, August Bournonville iniciou seus estudos com o italiano Vincenzo Galeotti, no Royal Danish Ballet, companhia que integrou aos 15 anos. Aos 18 anos, ainda recebendo o salário do Royal Danish, ele foi a Paris para ser aluno de Vestris, e lá ele juntou-se ao Ballet da Opera de Paris, onde foi o partner preferido de Marie Taglioni, até 1829, quando voltou para a Dinamarca e para o Royal Danish como Artista Convidado, logo se tornando membro da companhia e seu diretor. Até 1848, Bournonville foi o coreógrafo principal e o primeiro bailarino da companhia, aposentando-se do palco e continuando como coreógrafo e diretor até 1877.

Sinopse

Reclinado em uma poltrona, James dorme. Pela janela entra a Sílfide, criatura alada e mística da floresta. Ela o beija e desaparece quando ele acorda. Confuso com o sonho, James pergunta a seu amigo sobre a criatura, mas ele nada vira. A noiva de James chega e, ainda preocupado com a figura, James a procura. A noiva, Effie, pede a uma feiticeira que leia o futuro do casal, e a velha avisa que James se apaixonou por outra e que Effie se casará com Gurn, o amigo de James. Furioso, James expulsa a adivinha. James fica sozinho e a Sílfide reaparece e confessa seu amor. James não consegue resistir a ela. Gurn, que estava espiando, sai para contar para Effie, que retorna ao quarto, hora em que a Sílfide desaparece. Com o casamento acontecendo, na hora de colocar o anel no dedo da noiva, a Sílfide rouba a joia e coloca-a em si mesma, fugindo para a floresta e sendo seguida por James. Os convidados, que não viam a Sílfide acreditam que James fugia de Effie, que fica desconsolada.

No segundo ato, James procura a Sílfide pela floresta, ela se aproxima e se afasta, escapando ao contato de James. Outras sílfides dançam com eles, e depois desaparecem entre as árvores. Ao mesmo tempo, as pessoas procuram por James na floresta, mas a feiticeira convence Gurn a não mencionar que encontrara o chapéu de James, e aproveitar a ocasião para pedir Effie em casamento, o que ele faz. Quando todos saem, James reaparece, procurando a Sílfide, e a feiticeira lhe oferece um cachecol mágico que impedirá a Sílfide de fugir dele. Quando a criatura volta, James a envolve com o tecido, mas a mágica dele a faz perder as asas e morrer nos braços do amado. Seu corpo é levado pelas outras Sílfides, enquanto James em desespero vê a alegre procissão do casamento de Effie e Gurn, e a feiticeira comemora, triunfante.

Bibliografia

Algumas sugestões de leituras e referências acerca da História da Dança:

ANDERSON, Jack. Ballet and Modern Dance: a concise history
ANDERSON, Jack. Dança
AU, Susan. Ballet & modern dance.
BALANCHINE, George; MASON, Francis. Complete Stories of the Great Ballets
BOUCIER, Paul. História da Dança no Ocidente
CAMINADA, Eliana. História da Dança: evolução Cultural
COHEN, Selma Jean. Dance as a Theatre Art
CRAINE, Debra; MACKRELL, Judith. The Oxford Dictionary of Dance
DILS, Ann; ALBRIGHT, Ann Cooper. Moving History / Dancing Cultures: a dance history reader
FARO, Antonio Jose; SAMPAIO, Luiz Paulo. Dicionário de Balé e Dança
KIRSTEIN, Lincoln. Four Centuries of Ballet
KOEGLER, Horst. The Concise Oxford Dictionary of Ballet
PORTINARI, Maribel. História da Dança
SCHOLL, Tim. From Petipa to Balanchine
SORELL, Walter. Dance in Its Time

Videografia

http://youtu.be/1tJpL7CdbEc

http://youtu.be/rNu3LYntSF4

Links

Por Henrique Rochelle | SPCD Pesquisa
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Verbete editado por:

Atualizado (MAIO 2020)