Dança em Rede
Marilene Martins
- Categoria: Profissionais da dança
- País de origem: Brasil
- UF de origem: MG
- Cidade de origem: Teófilo Otoni
- Atividade: Bailarina
- Atividade: Coreógrafa
- Data de nascimento: 05/08/1935
Histórico
Marilene Martins nasceu em 5 de agosto de 1935, na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Mudou-se para Belo Horizonte, aos 16 anos, junto de sua irmã gêmea Marlene, juntando-se às outras duas irmãs, também gêmeas, Maria Amélia e Maria Amália.
Iniciou suas aulas de balé clássico com o professor Carlos Leite, em 1952, e por quatro anos frequentou o curso de dança clássica. No ano seguinte, integrou o Balé Minas Gerais, dirigido por Carlos Leite, onde participou de diversos espetáculos.
Em 1956, Marilene transferiu-se para o Balé Klauss Vianna, onde concluiu sua formação em dança clássica. Tornou-se professora assistente de Klauss (1928-1992) e Angel Vianna e participou de espetáculos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mudou-se para Salvador, Bahia, em 1961, com bolsa de estudos para o curso de Dança Moderna da Universidade Federal da Bahia, tendo como principal professor o alemão Rolf Gelewski (1930-1988). Além de estudante, atuou como professora de dança clássica.
Em 1964, Marilene transferiu-se para o Rio de Janeiro para estudar Dança Clássica com Klauss Vianna e Consuelo Rios e Dança Moderna com Nina Verchinina (1910-1995) e Helenita Sá Earp. Fez curso de História da Arte com Frederico Moraes e do Método Royal no Studio Dalal Achcar. Trabalhou em shows e programas de televisão com os coreógrafos Ismael Guiser (1927-2008), Gilberto Motta, David Dupré (1960-1973) e Denis Gray (1928-2005).
Em 1967, retornou a Belo Horizonte e participou, pela primeira vez, de um espetáculo de teatro infantil, Maninho, o pequeno herói. Dois anos depois, montou sua escola de dança, em sua própria casa.
Voltou a Salvador, em 1970, para concluir o curso de Dança Moderna na Universidade Federal da Bahia. Apresentou várias vezes com o grupo de dança contemporânea da UFBA. Foi convidada a ministrar o curso de Expressão Corporal no 4º Festival de Inverno de Ouro Preto e foi assistente de Rolf Gelewski.
Em Salvador, fez também os cursos Técnicas de Teatro Contemporâneo, Laboratório e Encontro; Teatro do Engajamento Social; O Diretor e os Atores; Os Mestres da Dramaturgia Americana, com os professores Bárbara Heliodora, Ivan de Albuquerque, Klauss Vianna e Peter J. Schoenbach.
Introduziu em sua escola, em 1971, o curso de dança moderna, elaborado por ela, com cinco anos de duração. Criou o Trans-Forma Grupo Experimental de Dança, formado por alunos da escola. Marilene foi diretora, coreógrafa e bailarina do grupo.
Em 1973, fez o curso intensivo de Educação Musical, na Sociedade Mineira de Educação Musical, na qual estudou Música e Movimento com o professor Helder Parente; Expressão Corporal com Angel Vianna; Pesquisas com Sons e Novos Caminhos para a Música no Século XX, com José Maria Neves; Música e Atividades Integradas, com Silvia Aderne.
Viajou pela Europa e Estados Unidos, em 1974, juntamente com Klauss e Angel Vianna. Nessa viagem fez cursos de eutonia com a dinamarquesa Gerda Alexander. Em Nova Iorque, fez aulas de alongamento e pilates. Neste mesmo ano, incentivou Rodrigo Pederneiras, atual coreógrafo-residente do Grupo Corpo, a criar sua primeira coreografia chamada A Dois.
Em 1975, os irmãos Pederneiras saem do Trans-Forma para formar o Grupo Corpo. O Trans-Forma viu-se obrigado a reorganizar-se para retornar aos palcos em 1977.
No final de 1986, as atividades em sua escola são encerradas. O grupo Trans-Forma atuou por mais dois anos, sob direção de Arnaldo Alvarenga e Lydia Del Picchia.
Em 1987, Marilene iniciou no curso de Decoração no Instituto de Arte e Projeto (Inap) e formou-se em 1989. No ano seguinte, foi aprovada no vestibular para o curso de Artes Plásticas na Escola Guignard (depois integrada a Universidade Estadual de Minas Gerais), graduando-se em 1994. Atualmente, Marilene dá continuidade aos seus trabalhos como artista plástica e poetisa.
Iniciou suas aulas de balé clássico com o professor Carlos Leite, em 1952, e por quatro anos frequentou o curso de dança clássica. No ano seguinte, integrou o Balé Minas Gerais, dirigido por Carlos Leite, onde participou de diversos espetáculos.
Em 1956, Marilene transferiu-se para o Balé Klauss Vianna, onde concluiu sua formação em dança clássica. Tornou-se professora assistente de Klauss (1928-1992) e Angel Vianna e participou de espetáculos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mudou-se para Salvador, Bahia, em 1961, com bolsa de estudos para o curso de Dança Moderna da Universidade Federal da Bahia, tendo como principal professor o alemão Rolf Gelewski (1930-1988). Além de estudante, atuou como professora de dança clássica.
Em 1964, Marilene transferiu-se para o Rio de Janeiro para estudar Dança Clássica com Klauss Vianna e Consuelo Rios e Dança Moderna com Nina Verchinina (1910-1995) e Helenita Sá Earp. Fez curso de História da Arte com Frederico Moraes e do Método Royal no Studio Dalal Achcar. Trabalhou em shows e programas de televisão com os coreógrafos Ismael Guiser (1927-2008), Gilberto Motta, David Dupré (1960-1973) e Denis Gray (1928-2005).
Em 1967, retornou a Belo Horizonte e participou, pela primeira vez, de um espetáculo de teatro infantil, Maninho, o pequeno herói. Dois anos depois, montou sua escola de dança, em sua própria casa.
Voltou a Salvador, em 1970, para concluir o curso de Dança Moderna na Universidade Federal da Bahia. Apresentou várias vezes com o grupo de dança contemporânea da UFBA. Foi convidada a ministrar o curso de Expressão Corporal no 4º Festival de Inverno de Ouro Preto e foi assistente de Rolf Gelewski.
Em Salvador, fez também os cursos Técnicas de Teatro Contemporâneo, Laboratório e Encontro; Teatro do Engajamento Social; O Diretor e os Atores; Os Mestres da Dramaturgia Americana, com os professores Bárbara Heliodora, Ivan de Albuquerque, Klauss Vianna e Peter J. Schoenbach.
Introduziu em sua escola, em 1971, o curso de dança moderna, elaborado por ela, com cinco anos de duração. Criou o Trans-Forma Grupo Experimental de Dança, formado por alunos da escola. Marilene foi diretora, coreógrafa e bailarina do grupo.
Em 1973, fez o curso intensivo de Educação Musical, na Sociedade Mineira de Educação Musical, na qual estudou Música e Movimento com o professor Helder Parente; Expressão Corporal com Angel Vianna; Pesquisas com Sons e Novos Caminhos para a Música no Século XX, com José Maria Neves; Música e Atividades Integradas, com Silvia Aderne.
Viajou pela Europa e Estados Unidos, em 1974, juntamente com Klauss e Angel Vianna. Nessa viagem fez cursos de eutonia com a dinamarquesa Gerda Alexander. Em Nova Iorque, fez aulas de alongamento e pilates. Neste mesmo ano, incentivou Rodrigo Pederneiras, atual coreógrafo-residente do Grupo Corpo, a criar sua primeira coreografia chamada A Dois.
Em 1975, os irmãos Pederneiras saem do Trans-Forma para formar o Grupo Corpo. O Trans-Forma viu-se obrigado a reorganizar-se para retornar aos palcos em 1977.
No final de 1986, as atividades em sua escola são encerradas. O grupo Trans-Forma atuou por mais dois anos, sob direção de Arnaldo Alvarenga e Lydia Del Picchia.
Em 1987, Marilene iniciou no curso de Decoração no Instituto de Arte e Projeto (Inap) e formou-se em 1989. No ano seguinte, foi aprovada no vestibular para o curso de Artes Plásticas na Escola Guignard (depois integrada a Universidade Estadual de Minas Gerais), graduando-se em 1994. Atualmente, Marilene dá continuidade aos seus trabalhos como artista plástica e poetisa.
Trabalhos
1953 No Balé Minas Gerais dança Quadro Andaluz, Tocata e Fuga, Folhas de Outono, e se destaca em Dança da Primavera, criada para dançar com sua irmã. Atua também em óperas como O Barbeiro de Sevilha, La Traviatta, Rigoletto.
1954 Participa das remontagens de As Sílfides e Carnaval, de Carlos Leite.
1955 Com o Ballet Minas Gerais, dança Tango Brasileiro, Cobra Grande, Sonata ao Luar e participa do espetáculo Noite em Walpurgir.
1957 Na temporada do Ballet Klauss Vianna, faz o papel da fada açucarada no O Quebra-Nozes, dança As Sílfides, Dança do Apache e o pas de quatre de O Lago dos Cisnes.
1959 Dança Suíte Clássica, Estudo e O Caso do Vestido, a partir do poema de Carlos Drumond de Andrade, coreografados por Klauss Vianna.
1960 Apresenta-se com o Ballet Klauss Vianna, dançando Arabela, a Donzela e o Mito, Concerto Barroco, Delírio e Jazz.
1962 Apresenta-se, por dois meses, em Lisboa e Paris, integrando o show Skindô com um grupo de folclore e bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
1968 Atua no espetáculo teatral Numância ou Ficar a Pátria Livre, com o Grupo Teatro Experimental sob a direção de Amir Haddad. Tem sua primeira experiência em atuação no cinema com o curta metragem Talho Aberto, direção de Ricardo Teixeira de Salles.
1969 Volta ao grupo Teatro Experimental em Futebol, Alegria do Povo, espetáculo teatral dirigido por Jota Dângelo com texto escrito por ele em parceria com Carlos Alberto Ratton.
1971 Coreografa Rhythmetron; Suíte de Bach: Polonaise, Minueto e Giga (três danças expressando formas do Barroco); Prelúdio da Menina Só.
1977 Graciela Figueroa coreografa Bola na Área para o grupo Trans-Forma.
1978 Participa com o grupo Trans-Forma do II Concurso Nacional de Dança Contemporânea em Salvador, apresentando Terreno Baldio, concepção de Angel Vianna e direção teatral de Eid Ribeiro.
1979 Convida Denilton Gomes para dar aulas sobre o Método Rudolf Laban e comemorando os 10 anos da Escola, ele coreografa Concerto Barroco para os alunos e Stephane Dosse coreografa Aleluia. O Grupo Trans-Forma apresenta Terreno Baldio no III Concurso Nacional de Dança Contemporânea em Salvador e é um dos vencedores. O mesmo espetáculo é apresentado no II ciclo de dança contemporânea no Rio de Janeiro.
1980 Com o grupo Trans-Forma participa da Oficina Nacional de Dança Contemporânea em Salvador em que o espetáculo Kuadê: Juruna Mata o Sol, criação coletiva sob orientação José Adolfo Moura, é premiado.
1981 Incentiva Dudude Herrmann a iniciar-se na investigação coreográfica e ela cria sua primeira coreografia, Escolha seu sonho.
1982 A escola apresenta Evoluções, reunindo alunos e componentes do grupo amador sob a direção de Dorinha Baeta.
1983 Coreografa para os alunos Como se Toca se Dança e Pretexto para Dançar.
1984 Casa de Infância, coreografia de Mara Borba para o grupo Trans-Forma, ganha o prêmio de melhor espetáculo de dança de Belo Horizonte.
1985 O grupo Trans-Forma apresenta Ravel, coreografado por Arnaldo Alvarenga, Choreo rithmos, coreografado por Lydia Del Picchia e Serenata do Adeus, coreografado pelos dois bailarinos.
1986 O grupo Trans-Forma atua por mais dois anos, sob a direção de Arnaldo Alvarenga e Lydia Del Picchia, e é premiado por Vidros Moídos: Coração de Nelson, concepção coreográfica de Sônia Mota e Sérgio Funari e pesquisa dramatúrgica de Eid Ribeiro.
E outros.
1954 Participa das remontagens de As Sílfides e Carnaval, de Carlos Leite.
1955 Com o Ballet Minas Gerais, dança Tango Brasileiro, Cobra Grande, Sonata ao Luar e participa do espetáculo Noite em Walpurgir.
1957 Na temporada do Ballet Klauss Vianna, faz o papel da fada açucarada no O Quebra-Nozes, dança As Sílfides, Dança do Apache e o pas de quatre de O Lago dos Cisnes.
1959 Dança Suíte Clássica, Estudo e O Caso do Vestido, a partir do poema de Carlos Drumond de Andrade, coreografados por Klauss Vianna.
1960 Apresenta-se com o Ballet Klauss Vianna, dançando Arabela, a Donzela e o Mito, Concerto Barroco, Delírio e Jazz.
1962 Apresenta-se, por dois meses, em Lisboa e Paris, integrando o show Skindô com um grupo de folclore e bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
1968 Atua no espetáculo teatral Numância ou Ficar a Pátria Livre, com o Grupo Teatro Experimental sob a direção de Amir Haddad. Tem sua primeira experiência em atuação no cinema com o curta metragem Talho Aberto, direção de Ricardo Teixeira de Salles.
1969 Volta ao grupo Teatro Experimental em Futebol, Alegria do Povo, espetáculo teatral dirigido por Jota Dângelo com texto escrito por ele em parceria com Carlos Alberto Ratton.
1971 Coreografa Rhythmetron; Suíte de Bach: Polonaise, Minueto e Giga (três danças expressando formas do Barroco); Prelúdio da Menina Só.
1977 Graciela Figueroa coreografa Bola na Área para o grupo Trans-Forma.
1978 Participa com o grupo Trans-Forma do II Concurso Nacional de Dança Contemporânea em Salvador, apresentando Terreno Baldio, concepção de Angel Vianna e direção teatral de Eid Ribeiro.
1979 Convida Denilton Gomes para dar aulas sobre o Método Rudolf Laban e comemorando os 10 anos da Escola, ele coreografa Concerto Barroco para os alunos e Stephane Dosse coreografa Aleluia. O Grupo Trans-Forma apresenta Terreno Baldio no III Concurso Nacional de Dança Contemporânea em Salvador e é um dos vencedores. O mesmo espetáculo é apresentado no II ciclo de dança contemporânea no Rio de Janeiro.
1980 Com o grupo Trans-Forma participa da Oficina Nacional de Dança Contemporânea em Salvador em que o espetáculo Kuadê: Juruna Mata o Sol, criação coletiva sob orientação José Adolfo Moura, é premiado.
1981 Incentiva Dudude Herrmann a iniciar-se na investigação coreográfica e ela cria sua primeira coreografia, Escolha seu sonho.
1982 A escola apresenta Evoluções, reunindo alunos e componentes do grupo amador sob a direção de Dorinha Baeta.
1983 Coreografa para os alunos Como se Toca se Dança e Pretexto para Dançar.
1984 Casa de Infância, coreografia de Mara Borba para o grupo Trans-Forma, ganha o prêmio de melhor espetáculo de dança de Belo Horizonte.
1985 O grupo Trans-Forma apresenta Ravel, coreografado por Arnaldo Alvarenga, Choreo rithmos, coreografado por Lydia Del Picchia e Serenata do Adeus, coreografado pelos dois bailarinos.
1986 O grupo Trans-Forma atua por mais dois anos, sob a direção de Arnaldo Alvarenga e Lydia Del Picchia, e é premiado por Vidros Moídos: Coração de Nelson, concepção coreográfica de Sônia Mota e Sérgio Funari e pesquisa dramatúrgica de Eid Ribeiro.
E outros.
Bibliografia
Marilene Martins: a dança moderna em Belo Horizonte | Instituto Mulheres Criativas | Gabriela Córdova Christófaro, Belo Horizonte, 2010 | Publicação é parte do projeto “Missão Memória da Dança em Minas Gerais”
Cidade e Palco: Experimentação, Transformação e Permanências | Glória Reis | Editora Cuatiara, Belo Horizonte, 2005
Cidade e Palco: Experimentação, Transformação e Permanências | Glória Reis | Editora Cuatiara, Belo Horizonte, 2005
Links
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