Dança em Rede
Hip Hop
- Categoria: Estilos de danças
- País de origem: EUA
Histórico
Foto de Aleksandr Neplokhov no Pexel
O hip hop é uma cultura que agrega elementos como o MC e o Rap (música), o Breaking (posteriormente as outras Street Dances também) e o Grafite (expressão artística). Hoje também são consideradas outras expressões artísticas como a literatura, a moda, as lutas políticas,entre outras manifestações socioculturais que tenham as mesmas bases de origem.
Na década de 1960, proliferou-se uma grande discussão sobre direitos humanos nos EUA e os grupos marginalizados da cidade Nova York se articularam para debater questões de injustiça social. Assim, surgiram grandes líderes negros, como Martin Luther King e Malcom X, além de grupos que lutavam pelos direitos humanos como os Panteras Negras (Black Panthers).
Enquanto isso, na Jamaica, surgiram os Sound Systems, esquemas de som nos porta-malas de carros, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar os bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos Toasters, autênticos MC’s (Mestres de Cerimônia), que comentavam, com uma espécie de canto falado, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Jamaica, sem deixar de falar de temas como sexo e drogas.
No final da década de 1960, muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os EUA, devido a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. Um deles em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu nos bailes da periferia de Nova York a tradição dos Sound Systems e do canto falado, inspirando, assim, vários DJ’s americanos.
Surgiram os MC’s (Mestres de Cerimônia) e os Rappers, que construíam discursos indignados, cheio de referências aos conflitos raciais e sociais. Eram vozes herdeiras da radicalidade dos Panteras Negras que, juntando-se às bases sonoras dançantes e aos efeitos como o scratch, criaram o RAP (Rythm And Poetry, ou Ritmo e Poesia, em português), que eram compostos por uma base musical dançante acompanhado de rimas faladas que seguiam o ritmo da música.
O breaking surge neste contexto como uma dança inventada pelos porto-riquenhos, por meio da qual expressavam sua insatisfação com a política e a guerra do Vietnã. Tinha inspiração, entre outras coisas, em movimentos das artes marciais, como o Kung Fu. O breaking se alastrou junto com as gangues de Nova York que, por volta do final da década de 1960, respondia à opressão social com violência e era comum o confronto armado. Por tradição norte-americana, os grupos étnicos não se misturavam e, com isso, havia gangues (ou crews) de hispânicos e gangues compostas por negros. Cada uma tinha seu código de grupo, chamado de TAG (assinatura dos grafiteiros), e demarcavam os territórios com os grafites nos muros dos bairros de Nova York. Contudo, nos momentos de descontração, essas crews dançavam o breaking.
O Movimento Hip Hop é, então, um movimento social que foi criado pelos grupos norte-americanos, por volta de 1968, com o objetivo de apaziguar as brigas dos jovens negros e hispânicos agrupados em gangues. Seu nome tem origem nas palavras Hip (quadril, em inglês) e Hop (saltar). Logo, a expressão Hip Hop (saltar balançando o quadril) se referia ao breaking, a dança mais popular da época. Esses grupos organizavam bailes e festas de quarteirões nas ruas, nos ginásios e nos colégios, incentivando os jovens a dançarem o breaking, ao invés de brigarem entre si. Os grupos também incentivavam o grafite como forma de arte e não apenas como uma forma de marcar territórios. O mais famoso desses grupos foi a Universal Zulu Nation, que tinha como líder o DJ Afrika Bambaataa, o responsável pelo nome hip hop.
Na década de 1960, proliferou-se uma grande discussão sobre direitos humanos nos EUA e os grupos marginalizados da cidade Nova York se articularam para debater questões de injustiça social. Assim, surgiram grandes líderes negros, como Martin Luther King e Malcom X, além de grupos que lutavam pelos direitos humanos como os Panteras Negras (Black Panthers).
Enquanto isso, na Jamaica, surgiram os Sound Systems, esquemas de som nos porta-malas de carros, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar os bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos Toasters, autênticos MC’s (Mestres de Cerimônia), que comentavam, com uma espécie de canto falado, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Jamaica, sem deixar de falar de temas como sexo e drogas.
No final da década de 1960, muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os EUA, devido a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. Um deles em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu nos bailes da periferia de Nova York a tradição dos Sound Systems e do canto falado, inspirando, assim, vários DJ’s americanos.
Surgiram os MC’s (Mestres de Cerimônia) e os Rappers, que construíam discursos indignados, cheio de referências aos conflitos raciais e sociais. Eram vozes herdeiras da radicalidade dos Panteras Negras que, juntando-se às bases sonoras dançantes e aos efeitos como o scratch, criaram o RAP (Rythm And Poetry, ou Ritmo e Poesia, em português), que eram compostos por uma base musical dançante acompanhado de rimas faladas que seguiam o ritmo da música.
O breaking surge neste contexto como uma dança inventada pelos porto-riquenhos, por meio da qual expressavam sua insatisfação com a política e a guerra do Vietnã. Tinha inspiração, entre outras coisas, em movimentos das artes marciais, como o Kung Fu. O breaking se alastrou junto com as gangues de Nova York que, por volta do final da década de 1960, respondia à opressão social com violência e era comum o confronto armado. Por tradição norte-americana, os grupos étnicos não se misturavam e, com isso, havia gangues (ou crews) de hispânicos e gangues compostas por negros. Cada uma tinha seu código de grupo, chamado de TAG (assinatura dos grafiteiros), e demarcavam os territórios com os grafites nos muros dos bairros de Nova York. Contudo, nos momentos de descontração, essas crews dançavam o breaking.
O Movimento Hip Hop é, então, um movimento social que foi criado pelos grupos norte-americanos, por volta de 1968, com o objetivo de apaziguar as brigas dos jovens negros e hispânicos agrupados em gangues. Seu nome tem origem nas palavras Hip (quadril, em inglês) e Hop (saltar). Logo, a expressão Hip Hop (saltar balançando o quadril) se referia ao breaking, a dança mais popular da época. Esses grupos organizavam bailes e festas de quarteirões nas ruas, nos ginásios e nos colégios, incentivando os jovens a dançarem o breaking, ao invés de brigarem entre si. Os grupos também incentivavam o grafite como forma de arte e não apenas como uma forma de marcar territórios. O mais famoso desses grupos foi a Universal Zulu Nation, que tinha como líder o DJ Afrika Bambaataa, o responsável pelo nome hip hop.
Referências
GUARATO, Rafael. Nada de cria, tudo se copia, tudo se mixa em “Dança de Rua: corpos para além do movimento Uberlândia, 1970-2007” – Edufu, 2008.
Discípulos do Ritmo / 20 anos
São Paulo / 2019 / Duração: 46 minutos / Direção – Renan Torres /
https://www.youtube.com/watch?v=fNALE9kx1yo&feature=youtu.be
RIBEIRO, Ana Cristina; CARDOSO, Ricardo. DANÇA DE RUA. Campinas, SP: Editora Átomo, 2011.
NEGRAXA, Thiago. As danças da cultura Hip Hop e Funk Styles. São Paulo, SP: Editora All Print, 2015.
(Igor Gasparini | Pesquisa SPCD)
Verbete editado por:
Atualizado (DEZEMBRO 2020)