Dança em Rede

José Limón

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: México
  • Cidade de origem: Culiacán
  • Atividade: Bailarino
  • Atividade: Coreógrafo
  • Data de nascimento: 12/01/1908
  • Data de falecimento: 02/12/1972

Histórico

José Arcadio Limón, conhecido como José Limón, nasceu em Culiacán, no México, em 12 de janeiro de 1908. Foi um pioneiro no campo da Dança Moderna.

Em 1915, sua família mudou-se para Los Angeles, Estados Unidos. Formou-se na Lincoln High School e em Artes pela University of California (UCLA). Em 1928, aos 20 anos, mudou-se para Nova Iorque para estudar na New York School of Design. Estudou com Doris Humphrey e Charles Weidman e um ano mais tarde, apresentou-se na Broadway.

Em 1930, coreografou sua primeira obra Etude in D Minor, um dueto com Letitia Ide. Além dela, Limón chamou suas colegas Eleanor King e Ernestine Stodelle para formar o grupo The Little Group. De 1932 e 1933, Limón faz mais duas aparições na Broadway, nos musicais Americana e Irving Berlin’s As Thousands Cheer, coreografado por Charles Weidman.

Limón fez várias aparições ao longo dos próximos anos, com as obras New Dance, Theatre Piece, With My Red Fires, de Doris Humphrey e Quest de Charles Weidman.
Em 1937, foi selecionado como um dos primeiros bolsistas da Bennington. Em 1939, criou sua primeira grande obra coreográfica intitulada Danzas Mexicanas. Depois de cinco anos, porém, Limón voltaria à Broadway para estrelar como bailarino de Keep of the Grass, de George Balanchine.

Em 1941, Limón deixou a companhia Humphrey-Weidman para trabalhar com May O'Donnell. Eles co-coreografaram várias peças em conjunto, como War Lyrics e Curtain Riser. Durante este tempo, Limón conhece Pauline Lawrence, que mais tarde tornaria-se sua esposa (1942). A parceria com O'Donnell terminou no ano seguinte, e Limón volta a criar para Humphrey-Weidman.

Em 1943, Limón fez sua última aparição na Broadway com Rosalinda, de Balanchine, que se apresentou com Mary Ellen Moylan. Ele passou o resto do ano criando danças com temas americanos e populares no Studio Theatre antes de ser convocado para o Exército em abril de 1943. Durante este período, ele colaborou com os compositores Frank Loesser e Alex North, coreografando várias obras de Serviços Especiais do Exército dos EUA. O mais conhecido deles é o Concert Grasso.

Em 1946, fundou a José Limón Dance Company. Sua obra mais famosa é chamada The Moors Pavane (1949), baseado na peça Othello, de Shakespeare.

Quando Limón começou com sua companhia, ele pediu a Humphrey para ser a diretora artística, tornando a primeira companhia de dança moderna a ter um diretor que não foi também o fundador. A companhia teve sua estréia oficial no Bennington College, dançando temas como Lament e The Story of Manking, de Doris Humphrey. Entre os primeiros membros do grupo, estavam Pauline Koner, Lucas Hoving, Betty Jones, Ruth Currier, e Limón.

Bailarino e coreógrafo Louis Falco também dançou com a José Limón Dance Company, de 1960 a 1970. Ele atuou ao lado de Rudolph Nureyev em The Moors Pavane, na Broadway, entre 1974 e 1975. Ao trabalhar com Humphrey, Limón desenvolveu seu repertório com Doris Humphrey e estabeleceu os princípios do estilo que viria a ser a técnica Limón. Em 1947, a companhia tinha atingido Nova Iorque, estreando no teatro Belasco com Day on Earth, de Humphrey.

Em 1948, a companhia apareceu pela primeira vez no American Dance Festival da Connecticut University e se apresentou por muitos anos no mesmo evento. Depois de coreografar The Moors Pavane, ele recebeu o prêmio Dance Magazine pela coreografia de maior destaque do ano. Na primavera de 1950, Limón e seu grupo foi a Paris e tornou-se a primeira companhia de Dança Moderna norte-americana a aparecer na Europa.

Em 1951, Limón ingressa na Juilliard School, onde uma nova divisão da dança havia sido desenvolvida. Ele também aceitou um convite para o Instituto Nacional de Belas Artes da Cidade do México, onde criou seis obras. Entre 1953 e 1956, coreografou uma série de shows e papéis. Em 1954 a companhia embarcou em uma turnê de cinco meses na Europa e no Oriente Médio e, mais uma vez, na América do Sul e América Central.

Em 1958, Doris Humphrey, que tinha sido a diretora artística da companhia, morreu e Limón assumiu sua posição. Entre 1958 e 1960, ele coreografou com Pauline Koner. Em 1962, a companhia voltou ao Central Park, se apresentando na abertura do New York’s Shakespeare Festival. No ano seguinte, percorreu o Extremo Oriente, por doze semanas, coreografando The Deamon.

Em 1964, ele recebeu o prêmio Capezio e foi nomeado diretor artístico do American Dance Theatre, no Lincoln Center. Alguns anos mais tarde, ele estabeleceu a José Limón Dance Foundation como uma corporação sem fins lucrativos e recebeu um doutorado honorário da Universidade da Carolina do Norte. Em 1966, depois de se apresentar com a companhia na Catedral de Washington, Limón recebeu um subsídio do governo de $ 23.000 a partir do National Endowment for the Arts. No ano seguinte, Limón coreografou Psalm. Ele e sua companhia também foram convidados a se apresentar na Casa Branca para o presidente Lyndon B. Johnson e Hassan II Rei de Marrocos. A última aparição de Limón no palco como bailarino foi em 1969, quando ele atuou em The Traitor e The Moors Pavane, na Brooklyn Academy of Music.

Em 1970, Limón foi diagnosticado com câncer de próstata, porém, nos últimos anos de vida, ele coreografou e filmou um solo para a CBS. Em 1971, ele perde a esposa, vítima de câncer e, em dezembro de 1972, com 64 anos, o coreógrafo morre.

Durante o curso de sua carreira, Limón criou o que hoje é conhecido como a Técnica Limón. Segundo o Instituto que leva seu nome, a técnica “enfatiza os ritmos naturais de queda e recuperação, a interação entre peso e leveza para fornecer aos bailarinos uma abordagem orgânica ao movimento que se adapta facilmente a uma variedade de estilos coreográficos. Seu estilo pode ser visto em várias apresentações atuais. O instituto está ativo com o propósito de manter a técnica Limón de repertório.

TÊCNICA
José Limon era um grande admirador de Doris Humphrey e sua técnica reflete claramente o ensinamento dela. Como Doris, seu principal objetivo era expressar sua relação pessoal com o mundo exterior através de seus movimentos de forma orgânica. Sua técnica foi profundamente influenciada pelas ideias de Doris, por exemplo, a qualidade do peso do corpo, que era representado com a queda e recuperação. Além disso, ele foi influenciado por seu vocabulário de suspensão e sucessão.

Sua técnica ajudou seus alunos a encontrar o seu próprio movimento e singularidade pessoal. Ele estava interessado na expressão através do movimento e não na beleza dos movimentos. Ele costumava dizer a seus alunos, “quando você parar de tentar ser muito ... você vai ser bonita".

Ele enfatizou a exploração do movimento em sua forma natural e na expressão da humanidade pura. Ele motivou seus alunos a sempre "esforçar-se pela simplicidade e clareza, sem movimento estranho, supérfluo de energia ou tensão não desejada que possam interferir com a intenção original".

Ele considerou que o corpo era um instrumento de comunicação e expressão que poderia "falar".

"

Trabalhos

Etude in D Minor, Bacchanale, Two Preldes (1930)

Petite Suite, B Minor Suite, Mazurca (1931)

Bach Suite (1932)

Canción y Danza, Danza (Prokofiev), Piè ces Froides, Roberta (1933)

Three Studies, Nostalgic Fragments, Prelude (1935)

Satiric Lament, Hymn (1936)

Danza de la Muerte, Opus for Three an Props (1937)

Danzas Mexicanas (1939)

War Lyrics (1940)

Curtain Raiser, This Story is Legend, Three Inventories on Casey Jones, Three Women, Praeludium: Theme and Variations (1941)

Chaconne, Alley Tune, Mazurca (1942)

Western Folk Suite, Fun for the Birds (1943)

Deliver the Gods, Hi, Yank, Interlude Dances, Mexilinda, Rosenkavalier Waltz (1944)

Concert Grasso, Eden Tree, Danza (Arcadio) (1945)

Masquerade (1946)

La Malinche, The Song of Songs, Sonata Opus 4 (1947)

The Moors Pavane (1949)

The Exiles, Concert (1950)

Los Cuatros Soles, Dialogues, Antigona, Tonantizintla, The Queen’s Epicedium, Redes (1951)

The Visitation, El Grito (1952)

Don Juan Fantasia (1953)

Ode to the Dance, The Traitor (1954)

Scherzo (Barracuda, Lincoln e Venable), Scherzo (Johnson), Symphony for Strings (1955)

There is a Time, A King’s Heart, The Emperor Jones, Rhythmic Study (1956)

Blue Roses (1957)

Missa Brevis, Serenata, Dances (1958)

Tenebrae 1914, The Apostate (1959)

Barren Sceptre (1960)

Performance, The Moirai, Sonata for Two Cellos (1961)

I, Odysseus (1962)

The Demon, Concerto in D Minor After Vivaldi (1963)

Two Essays for Large Ensemble, A Choreographic Offering (1964)

Variations on a Theme of Paganini, My Son, My Enemy (1965)

The Winged (1966)

Mac Aber’s Dance, Psalm (1967)

Comedy, Legend (1968)

La Piñata (1969)

The Unsung (1970)

Revel, The Unsung, Dances for Isadora, And David Wept (1971)

Orfeo, Carlota (1972)

Luther (1986)

Bibliografia

José Limón | Editora Taylor Print on Dema | 2000 | Em inglês

Biografia – José Limón | Jennifer Cady | Editora Rosen Publishing Gro | Em Inglês

José Limón and La Malinche | Patricia Seed | Editora Texas University | 2008 | Em Inglês

The Illustrated Dance Technique of Jose Limon | Daniel D. Lewis | Editora Independent Publishe | 1999 | Em Inglês






Links

http://limon.org/

(Pesquisa SPCD)


" 25