Dança em Rede

José Possi Neto

  • Categoria: Profissionais da dança
  • País de origem: Brasil
  • UF de origem: SP
  • Cidade de origem: São Paulo
  • Atividade: Bailarino

Histórico

Diretor de teatro, iluminador, cenógrafo, e figurinista, José Possi Neto (1947) tem seu trabalho marcado pelo trânsito entre as artes e pela presença do artista em cena, sempre enfatizando a linguagem corporal. Um exemplo disso é o espetáculo Master Class, texto de Terrence MacNally, onde dirigiu a atriz Christiane Torloni que interpretava a cantora lírica Maria Callas. Respeitado no meio artístico, é um dos profissionais mais requisitados da área. Dirige importantes espetáculos de dança, shows, peças de teatro e musicais. Paulistano, concluiu sua formação em dramaturgia e crítica na Escola de Comunicação e Artes da USP, em 1970. Foi diretor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde dirigiu montagens experimentais. Iniciou seu trabalho na dança em 1980, dirigindo Marilena Ansaldi num espetáculo inspirado na personagem Geni, da música de Chico Buarque. A partir daí, dedicou-se a espetáculos de dança-teatro em realizações inquietantes como Um Sopro de Vida, de 1979, e Picasso e Eu, em 1982, também com Marilena Ansaldi; Tratar com Murdock, coreografia de Victor Navarro, em 1981; e A Dama das Camélias, com o Balé da Cidade de São Paulo – grupo que dirigiu em 1983, entre outros. Ganhou o prêmio APCA de Melhor Diretor de Dança por Um Sopro de Vida (1979). Atualmente dirige diversos espetáculos da Studio 3 Cia. de Dança, entre eles Paixão e Fúria – Callas o Mito, que rendeu à Marilena Ansaldi o Prêmio Governador do Estado de São Paulo para Cultura em 2014, Orpheus (2015) e Martha Graham Memórias (2010), entre outros.

Trabalhos

1966 – Aos 19 anos assiste à primeira peça de teatro, A Megera Domada, inspirada na obra de William Shakespeare (1564-1616), em São Paulo, sob a direção de Antunes Filho;

1968 – No segundo semestre, como resistência à ditadura militar e suas medidas autoritárias em relação ao ensino e à autonomia da universidade, o movimento estudantil e o corpo docente da USP iniciam as reuniões das comissões paritárias. É por meio desse acontecimento que Possi começa a observar os professores do curso de teatro: Alfredo Mesquita (1907-1986), Sábato Magaldi (1927-2016), Jacob Guinsburg, Miroel Silveira (1914-1988), Lauro César Muniz e Clóvis Garcia (1921-2012), entre outros. Em outubro, decide transferir-se para o curso de Crítica e Dramaturgia;

1970 – Forma-se no curso de Crítica e Dramaturgia da ECA-USP. Assiste pela primeira vez a uma apresentação do Ballet Stagium durante a programação de um festival no antigo Teatro Bela Vista (hoje, Teatro Sérgio Cardoso). Antes de ir para a Bahia, seu amigo Eduardo Araújo Esteves de Almeida o leva para fazer uma aula de dança com Maria Duschenes (1922-2014), um dos momentos que o desperta para a importância da consciência corporal;

1976 – Dirige e assina o figurino de American Dreams, obra composta por textos de autores norte-americanos, e o espetáculo Canção Transitiva, cujo roteiro foi construído por meio de colagem de textos de Tennessee Williams (1911-1983), Edward Albee (1928-2016), Arthur Miller (1915-2005) e James Baldwin (1924-1987) realizada por Possi em parceria com Cleise Mendes. No segundo semestre, obtém uma bolsa de estudos da Fulbright Foundation para desenvolver pesquisa sobre teatro e dança de vanguarda nos Estados Unidos;

1983 – A convite de Klauss Vianna (1928-1992), responsável pelas Cia. 1 e 2 do Balé da Cidade de São Paulo no Theatro Municipal de São Paulo, cria, dirige e ilumina  o espetáculo A Dama das Camélias, baseado na obra de Alexandre Dumas Filho (1824-1895). Dirige o musical Band-Age concebido por Zé Rodrix (1947-2009) e Miguel Paiva, coreografado por Sônia Mota;

1987 – Dirige Ligações Perigosas, de Christopher Hampton, com atuação de Marieta Severo, e O Manifesto, de Brian Clark, com atuação de Beatriz Segall, vencedor do Prêmio Molière de direção teatral. Dirige e faz o figurino de O Lobo de Ray-Ban, texto de Renato Borghi. Nesse espetáculo se dá o primeiro encontro com Christiane Torloni e Raul Cortez. Cria coreografia especial para a atriz Marília Pêra (1943-2015) no filme brasileiro Anjos da Noite, dirigido por Wilson Barros (1948-1992);

1995 – Destaca-se com a direção da montagem de Três Mulheres Altas, de Edward Albee (1928-2016), com atuações de Beatriz Segall, Nathália Timberg e Marisa Orth. A obra venceu os prêmios APCA e Mambembe de melhor espetáculo. Dirige o show musical Sonho e Realidade, da cantora Simone;

2004 – Dirige Mulheres por um Fio, de Dorothy Parker (1893-1967), Jean Cocteau (18891963) e Miguel Falabella, com atuação de Christiane Torloni, e Coração Bazar, de sua autoria e de Regina Duarte. É responsável pela direção cênica da ópera Romeu e Julieta de Charles Gounod (1818-1893), com regência de Jamil Maluf, no Theatro Municipal de São Paulo;

2010 – É o responsável pela iluminação e direção de Usufruto, de Lúcia Veríssimo. Faz releitura do espetáculo Emoções Baratas (1988), com Guga Stroeter e a Orquestra Heartbreakers. Dirige o espetáculo Martha Graham – Memórias, sua criação junto com a atriz Heloisa Abdelnur, para a Studio3 Cia. de Dança e para a Companhia Sociedade Masculina, coreografado por Anselmo Zolla e dos shows Em Boa Companhia, da cantora Simone, e Bons Tempos com Luiza Possi;

2016 – É convidado para dirigir Ghost – O Musical, inspirado no filme Ghost – Do outro lado da vida (1990), com roteiro de Bruce Joel Rubin; e o Musical Mamonas, texto de Walter Daguerre, inspirado na vida e obra da banda Mamonas Assassinas.

Videografia

https://www.youtube.com/watch?v=CCFrc83Ep5w https://www.youtube.com/watch?v=TzM2Jx8cXwo

https://www.youtube.com/watch?v=VcTJ1YW1bLE https://www.youtube.com/watch?v=dspvznFOSNI

https://www.youtube.com/watch?v=dspvznFOSNI https://www.youtube.com/watch?v=aP4Mnu1BXlU

https://www.youtube.com/watch?v=bo-WIerX-tQ https://www.youtube.com/watch?v=bkmywIoQ3fw

https://www.youtube.com/watch?v=5W7aK0Ok-fI https://www.youtube.com/watch?v=ySYvbUB6cfY

Verbete editado por:

Equipe SPCD