Dança em Rede
Roberto de Oliveira
- Categoria: Profissionais da dança
- País de origem: Brasil
- UF de origem: RJ
- Cidade de origem: Rio de Janeiro
- Atividade: Bailarino
- Atividade: Coreógrafo
- Atividade: Filósofo
- Data de nascimento: 10/01/1965
Histórico
Coreógrafo, bailarino e filósofo (PUC-Rio), formou-se pelo método Vaganova com Eugênia Feodorova e Rosália Verlangieri, com passagens pelo Balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Stuttgart Ballet e Ulmer Ballet (Alemanha), Béjart Ballet Lausanne (Suíça) e Balletto di Toscana (Itália). Foi coreógrafo-residente do Ballet de Stuttgart e Ballet da Ópera de Berlim – tendo criado mais de 15 obras para estas companhias. Diretor da De Anima Ballet Contemporâneo, dirige atualmente o Espaço Dança Roberto de Oliveira, em Copacabana.
Trabalhos
Seus primeiros passos profissionais foram no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (em 1985), sob a direção de Dalal Achcar. Dançou coreografias de Peter Wright (Gisele), Oscar Arraiz (Magnificat), Gilberto Motta (Gabriela), bem como balés do repertório clássico, tendo a chance de trabalhar com professores como Yvonne Meyer, Lázaro Carreno, Desmond Doyle, Jane Blauth.
Em 1986 seguiu para o Ulmer Ballett, na Alemanha, aonde teve a chance de dançar como solista em obras como Schon Wieder Carmen, Oedipous, Piano Concerto (Shostakovitch) e Concerto Italiano / Back to Bach, Auch gibt Tänzer den Gnadenschuss. Suas qualidades de intérprete em criações coreográficas tiveram aqui o seu primeiro momento, na criação de obras originais no trabalho realizado com um diretor-coreógrafo.
No ano de 1987 juntou-se ao prestigioso Béjart Ballet Lausanne, sob a direção de Maurice Béjart, um dois maiores criadores do balé do século vinte, dançando como solista nos balés Dionysos, Light e Danças Gregas, tendo feito mais de 100 espetáculos com esta companhia pela França, Espanha e Suíça.
Foi, em seguida, em 1988, contratado como bailarino solista do Balletto di Toscana, em Florença, oportunidade em que pôde trabalhar com coreógrafos de dança contemporânea do porte de Hans Van Manen, Ed Wubbe, Niels Christie e Christopher Bruce.
Por seis temporadas foi bailarino do Ballet de Stuttgart (de 1990 a 1996), sob a direção de Márcia Haydée – a mais importante personalidade brasileira de dança no exterior e estrela incontestável do Balé de Stuttgart - em espetáculos por toda a Europa, Ásia e América. Do repertório da companhia teve a chance de dançar coreografias de John Cranko (Romeo e Julieta, Megera Domada, Onegin, Opus 1), Jiri Kylián (Forgotten land), William Forsythe (Love Songs), Keneth MacMillan (Réquiem, Canção da terra).
Suas primeiras obras coreográficas foram criadas para a Noverre Gesselschaft (3 Cello Stücke e O Erotas), posteriormente incluídas no repertório do Stuttgart Ballet. Em 1993 vai para Wakefield, no Bretton Hall College onde participa de intenso workshop criativo para compositores e coreógrafos. Patrocinado pela Noverre Gesselschaft, ali tem a chance de receber a orientação de Jenniffer Mueller (EUA) e Henk van der Meulen (Holanda), respectivamente responsáveis pela direção de dança e música do seminário, abrindo seus horizontes criativos e conceituais para a música e a dança contemporânea.
Sua carreira como coreógrafo afirmou-se assim em Stuttgart, tendo sido reconhecido pela sua inovadora assinatura coreográfica ao combinar a técnica clássica das pontas com elementos de dança contemporânea em contextos teatrais e conceituais de relevo. Ocupou o cargo de coreógrafo-residente / Hauschoreograph da prestigiosa companhia por duas temporadas, colaborando ativamente na formulação do repertório e identidade nas últimas temporadas de Márcia Haydée como diretora.
Para o Ballet de Stuttgart criou diversas obras, destacando: Anathema, Last Poem, Orfeas, Verklärte Nacht e Last Poem.
Em 1995, foi indicado pela Tanz International, a mais conceituada revista de balé da Europa, para o prêmio revelação entre jovens coreógrafos europeus. No mesmo ano a Deutsche Welle o elegeu o mais representante artista estrangeiro da nova geração trabalhando em solo alemão, e lhe consagra um programa de uma hora em rede mundial sobre a sua criação coreográfica.
Para o Festival do Japão (The Two Worlds Ballet Festival), criou a derradeira coreografia da carreira de Márcia Haydée, apresentada em noites de gala em Tókio, Osaka, Stuttgart e Rio de Janeiro: A hundred days before we meet. Criou também para Richard Cragun o último balé de sua carreira, Last Poem.
Residente em Berlin a partir de 1996 é convidado a criar para o Hans Otto Theater / Potsdam / Alemanha a obra A tarde de um Fauno (1996), para o Essen Staatstheater / Alemanha (remonta a Tarde de um Fauno), e volta ao Brasil para criar para o Ballet de Minas Gerais / Palácio das Artes, Anunciação (1997) e Ballet da Cidade de Niterói a noite Até que a Vida nos separe (com a remontagem das obras A tarde de um Fauno e Anunciação e a criação de Até que a vida... / Les Noces / Svadebka, 1998).
Desde 2001, residente no Rio de Janeiro, juntamente com o bailarino norte-americano Richard Cragun cria a DeAnima Ballet Contemporâneo, estabelecendo não só a linha artística da companhia, como Diretor Coreográfico, mas desenvolvendo também importantes atividades pedagógicas para o Programa Social DeAnima. A DeAnima lança-se no cenário cultural brasileiro como a primeira companhia de base clássica com uma roupagem contemporânea.
Para a DeAnima Ballet Contemporâneo (de 2001 - 2012) cria as seguintes obras:
- A dança – o que é isso?
- Duas ou três coisas sobre o amor
Theoria
- O Despertar
- Tehillim
- Cinderela/Ser ou Aparecer
- Uma semana com Billy
- Anunciação
- Até que a vida nos separe
- A tarde de um Fauno
- Polaridades
- Enigma
- Drumming
- Drumming Pas
Em 2003 tem a chance de conhecer e trabalhar com o coreógrafo William Forsythe na DeAnima – este o mais importante criador da cena de dança contemporânea mundial. Por dez dias mergulha em intenso processo de troca e criação com este coreógrafo, e, desde então, tem a permissão deste importante artista para o ensino de suas técnicas de criação e composição, o Improvisations Technology.
Ministra desde então workshops em diversas cidades e festivais deste país (Mato Grosso do Sul, Porto Real, Rio das Ostras, Rio de Janeiro) o método Forsythe de improvisação e composição, desenvolvendo ao longo dos anos apoios conceituais da filosofia para criar novas instrumentalizações e técnicas na improvisação de dança. Em 2005 é convidado pelo Ballet Contemporâneo de Caracas para remontar Drumming. Ali é também convidado a ministrar workshop para a Universidad de Danza de Caracas do método Forsythe.
Em 2009 assume a Academia de Ballet Eugenia Feodorova, agora sob sua direção e nome: Espaço Dança Roberto de Oliveira.
Terminou em 2010 sua licenciatura em filosofia pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e apresentou sua tese de mestrado (Amor e disjunção no Banquete de Platão - encômio de Alcibíades) em 2013 na mesma instituição.
Ê contratado em Dezembro de 2012 como professor-substituto na Faculdade de Dança da UFRJ para o ensino de filosofia e dança. Ainda em 2012 é convidado pela Petrobrás para integrar a comissão de seleção de patrocínio de seu edital de dança. Em 2013 começa a lecionar filosofia na EARJ (Escola Americana do Rio de Janeiro), desenvolvendo o currículo acadêmico da instituição.
Em 1986 seguiu para o Ulmer Ballett, na Alemanha, aonde teve a chance de dançar como solista em obras como Schon Wieder Carmen, Oedipous, Piano Concerto (Shostakovitch) e Concerto Italiano / Back to Bach, Auch gibt Tänzer den Gnadenschuss. Suas qualidades de intérprete em criações coreográficas tiveram aqui o seu primeiro momento, na criação de obras originais no trabalho realizado com um diretor-coreógrafo.
No ano de 1987 juntou-se ao prestigioso Béjart Ballet Lausanne, sob a direção de Maurice Béjart, um dois maiores criadores do balé do século vinte, dançando como solista nos balés Dionysos, Light e Danças Gregas, tendo feito mais de 100 espetáculos com esta companhia pela França, Espanha e Suíça.
Foi, em seguida, em 1988, contratado como bailarino solista do Balletto di Toscana, em Florença, oportunidade em que pôde trabalhar com coreógrafos de dança contemporânea do porte de Hans Van Manen, Ed Wubbe, Niels Christie e Christopher Bruce.
Por seis temporadas foi bailarino do Ballet de Stuttgart (de 1990 a 1996), sob a direção de Márcia Haydée – a mais importante personalidade brasileira de dança no exterior e estrela incontestável do Balé de Stuttgart - em espetáculos por toda a Europa, Ásia e América. Do repertório da companhia teve a chance de dançar coreografias de John Cranko (Romeo e Julieta, Megera Domada, Onegin, Opus 1), Jiri Kylián (Forgotten land), William Forsythe (Love Songs), Keneth MacMillan (Réquiem, Canção da terra).
Suas primeiras obras coreográficas foram criadas para a Noverre Gesselschaft (3 Cello Stücke e O Erotas), posteriormente incluídas no repertório do Stuttgart Ballet. Em 1993 vai para Wakefield, no Bretton Hall College onde participa de intenso workshop criativo para compositores e coreógrafos. Patrocinado pela Noverre Gesselschaft, ali tem a chance de receber a orientação de Jenniffer Mueller (EUA) e Henk van der Meulen (Holanda), respectivamente responsáveis pela direção de dança e música do seminário, abrindo seus horizontes criativos e conceituais para a música e a dança contemporânea.
Sua carreira como coreógrafo afirmou-se assim em Stuttgart, tendo sido reconhecido pela sua inovadora assinatura coreográfica ao combinar a técnica clássica das pontas com elementos de dança contemporânea em contextos teatrais e conceituais de relevo. Ocupou o cargo de coreógrafo-residente / Hauschoreograph da prestigiosa companhia por duas temporadas, colaborando ativamente na formulação do repertório e identidade nas últimas temporadas de Márcia Haydée como diretora.
Para o Ballet de Stuttgart criou diversas obras, destacando: Anathema, Last Poem, Orfeas, Verklärte Nacht e Last Poem.
Em 1995, foi indicado pela Tanz International, a mais conceituada revista de balé da Europa, para o prêmio revelação entre jovens coreógrafos europeus. No mesmo ano a Deutsche Welle o elegeu o mais representante artista estrangeiro da nova geração trabalhando em solo alemão, e lhe consagra um programa de uma hora em rede mundial sobre a sua criação coreográfica.
Para o Festival do Japão (The Two Worlds Ballet Festival), criou a derradeira coreografia da carreira de Márcia Haydée, apresentada em noites de gala em Tókio, Osaka, Stuttgart e Rio de Janeiro: A hundred days before we meet. Criou também para Richard Cragun o último balé de sua carreira, Last Poem.
Residente em Berlin a partir de 1996 é convidado a criar para o Hans Otto Theater / Potsdam / Alemanha a obra A tarde de um Fauno (1996), para o Essen Staatstheater / Alemanha (remonta a Tarde de um Fauno), e volta ao Brasil para criar para o Ballet de Minas Gerais / Palácio das Artes, Anunciação (1997) e Ballet da Cidade de Niterói a noite Até que a Vida nos separe (com a remontagem das obras A tarde de um Fauno e Anunciação e a criação de Até que a vida... / Les Noces / Svadebka, 1998).
Desde 2001, residente no Rio de Janeiro, juntamente com o bailarino norte-americano Richard Cragun cria a DeAnima Ballet Contemporâneo, estabelecendo não só a linha artística da companhia, como Diretor Coreográfico, mas desenvolvendo também importantes atividades pedagógicas para o Programa Social DeAnima. A DeAnima lança-se no cenário cultural brasileiro como a primeira companhia de base clássica com uma roupagem contemporânea.
Para a DeAnima Ballet Contemporâneo (de 2001 - 2012) cria as seguintes obras:
- A dança – o que é isso?
- Duas ou três coisas sobre o amor
Theoria
- O Despertar
- Tehillim
- Cinderela/Ser ou Aparecer
- Uma semana com Billy
- Anunciação
- Até que a vida nos separe
- A tarde de um Fauno
- Polaridades
- Enigma
- Drumming
- Drumming Pas
Em 2003 tem a chance de conhecer e trabalhar com o coreógrafo William Forsythe na DeAnima – este o mais importante criador da cena de dança contemporânea mundial. Por dez dias mergulha em intenso processo de troca e criação com este coreógrafo, e, desde então, tem a permissão deste importante artista para o ensino de suas técnicas de criação e composição, o Improvisations Technology.
Ministra desde então workshops em diversas cidades e festivais deste país (Mato Grosso do Sul, Porto Real, Rio das Ostras, Rio de Janeiro) o método Forsythe de improvisação e composição, desenvolvendo ao longo dos anos apoios conceituais da filosofia para criar novas instrumentalizações e técnicas na improvisação de dança. Em 2005 é convidado pelo Ballet Contemporâneo de Caracas para remontar Drumming. Ali é também convidado a ministrar workshop para a Universidad de Danza de Caracas do método Forsythe.
Em 2009 assume a Academia de Ballet Eugenia Feodorova, agora sob sua direção e nome: Espaço Dança Roberto de Oliveira.
Terminou em 2010 sua licenciatura em filosofia pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e apresentou sua tese de mestrado (Amor e disjunção no Banquete de Platão - encômio de Alcibíades) em 2013 na mesma instituição.
Ê contratado em Dezembro de 2012 como professor-substituto na Faculdade de Dança da UFRJ para o ensino de filosofia e dança. Ainda em 2012 é convidado pela Petrobrás para integrar a comissão de seleção de patrocínio de seu edital de dança. Em 2013 começa a lecionar filosofia na EARJ (Escola Americana do Rio de Janeiro), desenvolvendo o currículo acadêmico da instituição.
Videografia
Links
(Liana Vasconcelos | SPCD Pesquisa)
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